A Misericórdia e a Reconciliação - Pv6
Dois conceitos inigualáveis, praticamente desconhecidos pelo homem natural, são explanados de forma muito simples neste livro. O segundo só pode ser exercido pela força do primeiro.
Da mesma forma, a miseri-córdia resulta da união de duas vertentes – Deus aplica seu coração [cordis] bondoso e cheio de amor sobre as misérias [miserere] humanas.
Aplicada esta misericórdia divina sobre os homens, a reconciliação (ou reaproximação) fica desimpedida para trazer este mesmo homem devedor ao convívio pacífico com Deus.
“Pela misericórdia e verdade a iniquidade é perdoada, e pelo temor do Senhor os homens se desviam do pecado. Sendo os caminhos do homem agradáveis ao Senhor, até a seus inimigos faz que tenham paz com ele” (16.6-7).
“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. Bem-aventurado o homem que continuamente teme; mas o que endurece o seu coração cairá no mal” (28.13-14).
Obviamente, a misericórdia divina, que é gratuita ao homem, teve um preço bem alto para Deus.
“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus” (1 Pe 3.18).
“Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.7-8).
“Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus. Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Co 5.20-21).
Aqui, tudo é questão de fé e aceitação.