A Sabedoria - Pv2
Já que o livro de Salomão se propõe a comentar sobre a sabedoria prática do dia a dia, comecemos por este tema propriamente.
Devemos antes notar que a verdadeira sabedoria tem um nome bem humano, mas que transcende ao divino – “Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Co 1.30).
Sem o precioso nome de Jesus atrelado a esta sabedoria proclamada, temos pouco mais que legalismo inútil, e frutos que terminam nesta vida.
“Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel; para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem, as palavras da prudência...” (1.1-2).
“Adquire sabedoria, adquire inteligência, e não te esqueças nem te apartes das palavras da minha boca. Não a abandones e ela te guardará; ama-a, e ela te protegerá. A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria, emprega tudo o que possuis na aquisição de entendimento” (4.5-7).
“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência” (9.10).
“Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento; porque é melhor a sua mercadoria do que artigos de prata, e maior o seu lucro que o ouro mais fino” (3.13-14).
“Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e acho o conhecimento dos conselhos” (8.12).
“O coração do entendido adquire o conhecimento, e o ouvido dos sábios busca a sabedoria” (18.15).
“Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos” (2.6-7).
“Em vindo a soberba, virá também a afronta; mas com os humildes está a sabedoria” (11.2).
“A boca do justo jorra sabedoria, mas a língua da perversidade será cortada” (10.31).
“Nos lábios do entendido se acha a sabedoria, mas a vara é para as costas do falto de entendimento” (10.13).
“Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor” (21.30).
“O escarnecedor busca sabedoria e não acha nenhuma, para o prudente, porém, o conhecimento é fácil” (14.6).
“No rosto do entendido se vê a sabedoria, mas os olhos do tolo vagam pelas extremidades da terra” (17.24).
“O bom entendimento favorece, mas o caminho dos prevaricadores é áspero” (13.15).
“O que despreza o seu próximo carece de entendimento, mas o homem entendido se mantém calado” (11.12).
“Pois quando a sabedoria entrar no teu coração, e o conhecimento for agradável à tua alma, o bom siso te guardará e a inteligência te conservará; para te afastar do mau caminho, e do homem que fala coisas perversas [do homem que em breve surgirá querendo parecer Deus]” (2.10-12).
“A sabedoria já edificou a sua casa, já lavrou as suas sete colunas [falando dos 7 componentes do tabernáculo do Senhor – altar do holocausto, bacia de cobre, candelabro, mesa dos pães, altar do incenso, arca do concerto e o propiciatório]. Já abateu os seus animais e misturou o seu vinho, e já preparou a sua mesa” (9.1-2).
“Com a sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece” (24.3).
Podemos concluir assegurando que toda sabedoria pode ser proclamada, mas somente seus frutos genuínos podem revelar se ela entrou em ação ou se ficou só no plano especulativo. Lembramos que Salomão mesmo, apesar de tanta sabedoria, ainda assim não teve disposição suficiente para não se deixar levar por grossa idolatria.
“Mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória” (1 Co 2.7-8).