Limite do tempos - Ne8
Abrimos uma exceção para este livro de Neemias com um comentário extra pela importância do assunto.
Vamos passar dos limites agora, ou nossa mensagem ficará presa ao futuro certo do perdão nacional de Israel, mas sem um novo despertamento do que vem à frente – para eles e nós principalmente!
Israel não podia chorar naquela ‘festa das cabanas’ logo após a reconstrução dos muros de Jerusalém, pois seu julgamento temporário havia passado naquele desterro em Babel. Podiam e deviam lembrar dos motivos para toda aquela miséria a que tinham sido lançados. Mas nova temporada de reconciliação estava aberta a eles, pois uma nova festa (Cabanas ou Tabernáculos) estava se vislumbrando – aquela que indicava seu retorno ao convívio feliz na terra juntamente ao seu Deus.
Israel está novamente em sua terra, como nação soberana a partir de 15/05/1948, há exatos 72 anos, 11 meses, 1 semana e 3 dias, contando deste dia (26/04/21) em que escrevo esta nota. Deus, em sua soberania misericordiosa, permitiu que sua figueira novamente florescesse. Ele esperava e ainda espera que seu povo reconheça seu Messias crucificado pela festa da Páscoa a que Ele foi submetido há tantos séculos. No entanto, temos visto que jamais como grupo nacional se arrependeram daquele assassinato vergonhoso. Estão satisfeitos em sua terra apesar da distância do seu Deus. Ainda o louvam com os lábios, mas seu coração está looooonge do verdadeiro Messias. Desconhecendo e desdenhando Aquele Jesus que fora feito um pouco menor que os anjos, buscam outro que lhes pareça mais favorável – menos rigoroso, menos radical, menos contundente. Alguém mais ‘soft’, inclusivo.
Seguindo o espírito das festas como vimos acima, passaram pelo julgamento divino por 1878 anos de desterro global (desde a diáspora de 70 sob Tito a 1948 sob Bem Gurion), que culminou com o terrível e tão conhecido Holocausto da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Mas não reconheceram o tempo de se voltar a Deus e clamar pelo verdadeiro Messias que já morreu, durante estes quase 73 anos de volta à sua pátria. Deus lhes deu momentâneo ‘descanso’ em sua própria terra, de forma milagrosa, para repensarem todos os seus passos no passado, na tentativa de fazê-los compreender os motivos de tanta desgraça individual e coletiva, e se arrependerem.
“Feri-vos com queimadura, e com ferrugem; a multidão das vossas hortas, e das vossas vinhas, e das vossas figueiras, e das vossas oliveiras, comeu a locusta; contudo não vos convertestes a mim, disse o Senhor. Enviei a peste contra vós, à maneira do Egito; os vossos jovens matei à espada, e os vossos cavalos deixei levar presos, e o mau cheiro dos vossos arraiais fiz subir às vossas narinas; contudo não vos convertestes a mim, disse o Senhor.
Subverti a alguns dentre vós, como Deus subverteu a Sodoma e Gomorra, e vós fostes como um tição arrebatado do incêndio; contudo não vos convertestes a mim, disse o Senhor. Portanto, assim te farei, ó Israel! E porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus” (Am 4.9-12).
Israel se encontrará com seu Deus no momento mais crucial da humanidade que está prestes a se levantar, porque não reconheceram a visita de seu Messias humano-divino. A tribulação por vir, denominada pela Escritura como ‘angústia de Jacó’, recairá sobre esta nação impiedosamente, juntamente com todas as outras nações por sua associação profana com eles.
Mas agora vamos levantar o foco. Assim como Israel está satisfeita em sua terra, como se ela fosse seu maior galardão, também a Igreja do Cordeiro destes últimos dias está satisfeita em sua associação com o mundo e seus ideais limitados pela carne.
O testemunho desta era de Laodiceia – acomodada em seus bancos, satisfeita com seu testemunho aparentemente eficiente, segura de seus louvores vazios, grata pela fidelidade de Deus mas sem se ajustar à vontade Dele, morna na tentativa imunda de agradar a Deus e aos homens – está sendo posta à prova neste exato momento. Já dissemos anteriormente – esta doença global é a primeira de uma série de 3 provações ou tentações que recairão sobre todos indistintamente.
Esta provações são indistintas – agem tanto no mundo quanto na Igreja. E esta Igreja não tem entendido nem atendido ao chamado prestes a ocorrer para se encontrar com seu Senhor nos ares. Teima em crer que tudo voltará ao normal, e suas velhas atividades meramente religiosas a se eternizar. Esperar esta atitude do mundo incrédulo é algo totalmente próprio daqueles que estão mortos em seus delitos e pecados. Mas não se poderia esperar isto daquela que se diz viva entre mortos.
Em não entender e aceitar a correção do Senhor neste flagelo, mais duas grandes provações recairão sobre ela. Não sabemos o período exato, mas sabemos sem nenhuma sombra de dúvida que dentro de alguns meses, não mais que um ou dois anos, tudo se revelará.
O Senhor Jesus não aceitará vestes imundas para seu casamento celestial com a noiva comprada por seu sangue. Assim como seus 3 discípulos foram acordados por 3 vezes de seu sono profundo no momento mais crucial da vida de Jesus no Getsêmani – e só acordaram realmente minutos antes da chegada do ‘traidor’ – também Ele está nos acordando através destas 3 chamadas globais antes da reunião do seu corpo com Ele mesmo.
Tudo se reprisará. Esteja atento e atenta.
“Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta. Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus” (Ef 5.13-16).
“E porque isso te farei, prepara-te, ó [Igreja], para te encontrares com o teu Deus” (Am 4.12).
Este assunto não terminará aqui. Nós o retomaremos no momento oportuno.
Findamos assim a análise do livro de Neemias. Ester que nos aguarde!