Segundo livro de Reis em foco! - 2Re1
Abrimos agora o segundo livro dos Reis de Israel e Judá que, como já frisamos, não ocorre no original hebraico, visto se tratar de único livro.
O livro começa logo após a morte de Acabe, com seu filho direto, Acazias (que fez o que era mal). Salientamos novamente que, em Israel, somente Jeú fez o que era reto. Seu ‘grande sacrifício a Baal’ poderia ter trazido alguma esperança para esta nação. Mas este pequeno parêntesis de justiça não cobria a multidão dos seus pecados.
Israel será levado cativo para a Assíria de forma definitiva ao final de suas apostasias, e uma mistura de gente será reintroduzida na terra e que ficarão conhecidos pela ‘Galileia dos gentios’, muito citados – e odiados – no Novo Testamento como ‘samaritamos’.
Judá terá vida nacional mais longa, graças ao piedoso rei Ezequias que soube levar a afronta da Assíria (os mesmos que deportaram Israel ao norte) aos cuidados do seu Deus. Um ato de fé e obediência levou ao massacre de 185.000 inimigos em uma só noite. Também apregoa arrependimento a Judá e a todo restante que ainda havia em Israel a que venham a Jerusalém para a Páscoa.
Outros dois reis que andaram retamente e trouxeram comunhão e prosperidade ao povo de Judá ao sul, foram Josafá e Josias.
O primeiro, apesar de seu aparentamento com a casa de Acabe, ensinou a lei do Senhor ao povo de cidade em cidade a partir de seu terceiro ano, caindo o temor do Senhor sobre os povos vizinhos. No entanto sua atuação não é perfeita – sua mistura com a linhagem corrupta de Acabe traz um laço nocivo aos seus herdeiros, abrindo inclusive a porta para entrada de culto a Baal. Era um homem fiel e temente, mas dúbio nas suas ações.
Quanto a Josias, humilhou-se após ser encontrado o livro da Lei perdido no templo de Salomão, fazendo forte reforma espiritual entre o povo e uma grande comemoração da Páscoa como nunca antes. Também se diz que nenhum rei antes ou depois dele se converteu de todo o coração ao Senhor.
Neste segundo livro, Elias será levado num redemoinho aos céus e um novo profeta – Eliseu – percorrerá os caminhos de Jesus, num tipo formidavelmente gracioso, através de seus milagres e obras. Quero dedicar algumas notas a este tão valoroso profeta.
Mas outros profetas bem conhecidos também atuaram neste período negro da história das duas nações – Obadias, Jonas, Oséias, Amós, Miquéias, Isaías, Jeremias... e que comentaremos quando atingirmos seus livros.
Ao fim, Judá será levado cativo para Babilônia, não obstante duas deportações parciais anteriores que não quebrantaram os duros corações dos que restaram.
Temo sinceramente que as duras provações que recairão sobre a Igreja do Deus Vivo a partir desta primeira grande prova, chamada COVID-19 e que se abateu sobre todo o planeta, não traga, a não ser para os mais íntimos da família de Deus, mudança nas atitudes dos chamados cristãos.
Afinal, o Senhor continua do lado de fora batendo à porta daqueles que, julgando-se cristãos maduros e seguros, segundo a ótica divina não passam de ‘desgraçados, miseráveis, pobres, cegos e nus’. Sua exortação para esta era de Laodiceia ainda vale:
“Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas” (Ap 3.18).
Nossa próxima nota falará da carreira final de Elias numa alusão à sua futura repreensão aos povos na tribulação que se seguirá a este período sombrio e terminal de nossas igrejas.