Prov[oc]ação [Brechas e lutas] - Jz2
Vimos em nossa nota de abertura que Israel não pôde (¿não pôde, não teve coragem ou se contentou com o que tinha?!) expulsar seus inimigos de sua terra. Mas algo mais já estava se somando a esta indiferença.
“E quanto a vós, não fareis concerto com os moradores da terra; antes, derrubareis os seus altares. Mas vós não obedecestes à minha voz. Por que fizestes isso?” (2.2).
O que começara com a simples mistura, terminava em idolatria na permanência dos altares de deuses estranhos.
É e será sempre assim. Qualquer brecha, qualquer mínima permissão em nossas vidas resultará em nova escravidão e novo castigo. Lembra sempre aquela palavra – Um abismo chama outro abismo.
Vamos ouvir o que o Senhor continua a dizer sobre estas brechas espirituais.
“Assim também eu disse: [Eu] Não os expulsarei de diante de vós; antes estarão como espinhos nas vossas ilhargas, e os seus deuses vos serão por laço” (2.3).
Todas as brechas em nossas vidas, sejam por agência de Satanás, sejam por negligência de nossa parte, acabarão por laço em nossa vida, que sufocarão nossa vida física – mental e emocional – e primordialmente espiritual. O Senhor não tem por obrigação limpar o nosso jardim, quando é de nossa responsabilidade fazê-lo.
A vida é uma luta constante em todas as áreas da vida humana, e principalmente quando temos que atuar segundo os moldes do caráter de Deus. Nossa luta é redobrada, nossas quedas mais acentuadas, mas o que temos que entender é que (e não podemos usar isto como desculpa!), mesmo presos a estes laços, Deus ainda atua de forma proveitosa para Seu reino e nosso crescimento. Israel tinha algo a aprender e também a nos ensinar.
“Estas, pois, são as nações que o SENHOR deixou ficar [porque o povo deixou primeiro], para por elas provar a Israel, a saber, a todos os que não sabiam de todas as guerras de Canaã. Tão-somente para que as gerações dos filhos de Israel delas soubessem (para lhes ensinar a guerra), pelo menos os que dantes não sabiam delas” (3.1-2).
Cristo pode nos ter dado tudo por sua bendita e preciosa morte, mas não vamos poder passar esta vida sem guerra aberta com o mundo, a carne e Satanás. Não vamos adentrar ao céu sem luta sangrenta, mesmo que este céu nos esteja garantido por fé.
Se caímos miseravelmente, temos que buscar seu perdão na cruz e – perdoados (mas engolindo todas as consequências nefastas de nossas escolhas) – aprender a manejar nossas armas espirituais em prol do reino de Deus e do bem estar de nossas almas.
Paulo bem sabia o que retratava.
“Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão...” (1 Co 9.26-27).
Podemos dizer seguramente que, no fim, praticamente tudo se resume a uma grande batalha espiritual que começa no céu e se estende até nós.
“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef 6.10-12).
Vamos lutar e cair mil vezes em tantas áreas de responsabilidade humana e cristã. Choraremos e lamentaremos mil vezes, mas o Senhor nos perdoará e levantará mil vezes. E mil novas batalhas estarão à nossa espera. A guerra constante nos ensinará a batalhar com nova perspectiva, novas esperanças, novas atitudes, nova dependência divina...
“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes” (Ef 6.13).
O assunto desta nota está melhor desenvolvido no livreto – “Por que o cristão ainda sofre?!” – que você pode acessar gratuitamente em – https://issuu.com/ministerioescrito/docs/crist__o_sofre
Em nossa próxima nota, vamos brincar com alguns números interessantes deste livro.