O pecado de um só homem - Js6

Quero abordar agora a conhecida passagem do pecado de um homem de uma das tribos de Israel, o que faremos sob dois pontos de vista.

“E transgrediram os filhos de Israel no anátema; porque Acã, filho de Carmi... da tribo de Judá, tomou do anátema, e a ira do SENHOR se acendeu contra os filhos de Israel” (7.1).

A ordem havia sido clara. Ninguém poderia pegar absolutamente nada dos despojos de Jericó. Mas um deles, nas palavras do próprio Acã – “vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma cunha de ouro”. Foi o bastante para um desastre. Israel, como nação, recuou ante um inimigo mais fraco.

“E os homens de Ai feriram deles uns trinta e seis, e os perseguiram desde a porta até Sebarim, e os feriram na descida; e o coração do povo se derreteu e se tornou como água” (7.5).

Não importa o tamanho do pecado da desobediência cometido. Sempre haverá seus frutos amargos que se espalham como lepra para todos os envolvidos. Também não foi assim com Adão?

“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram” (Rm 5.12).

A desobediência de Adão contaminou e desgraçou toda a raça humana, nos mesmos moldes da desobediência de Acã que fez retroceder toda uma nação.

E agora podemos transportar este mesmo pensamento para o corpo de Cristo.

Será que as transgressões constantes dos cristãos não têm, de alguma forma, impedido o bom desenvolvimento da Igreja de Cristo?

Será que o aumento constante da incredulidade no mundo, e mesmo dentro de nossas igrejas, não se deve em muito às nossas próprias negligências espirituais?

Será que nosso testemunho da Palavra de Deus não tem sido tão medíocre, exatamente porque temos cobiçado as mesmas capas, pratas e ouros que reluzem aos olhos de tantos?

O bom conselho do Espírito para as igrejas continua válido nestes tempos de mornidão vergonhosa:

“Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas” (Ap 3.18).

A seguir comentaremos sobre o fio vermelho que percorre toda a Escritura.