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Por que você demora?

Finge que ignora?

Que jogo é esse que me tira o ar,

aperta o peito, me faz penar?

Por que só há luz

na mira do teu olhar?

Na sombra do teu corpo sob a paz do luar...

Por que toda vez que vai, leva contigo

minha vida,

e toda vez que volta, feito onda do mar,

coloca tudo de volta no lugar?

Por que, os porquês colocam

minha alma frente ao espelho

e reluzem escuridão quando você não está, se estes mesmos porquês se tornam tão ridículos ao teu lado?

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Silvana Cervantes
Enviado por Silvana Cervantes em 20/08/2007
Código do texto: T615003