Dias melhores!
Num mundo de lutas, disputas, distâncias, marcado pela indiferença, pelo desrespeito e descrédito das instituições, onde a esfera privada de interesses reflete na busca implacável pelo prazer desmesurado e na desestruturação das relações humanas, é muito fácil, quase um impulso, ler a realidade pelo crivo da ruína, vendo apenas devassidão e perversidade. E como ser diferente àquele que se vê inserido num mundo de guerras iminentes, recessão, pobreza e violência, povoado por depressivos individualistas, neurastênicos utilitaristas e religiosos materialistas?
Temos de ser fortes, superar o impulso da leitura crônica e deturpada de nocividade plena e, como diria Reginaldo Vandré, lembrar que há flores, as quais merecem nossa atenção! Que não beleza se pode retirar de um ato de galanteio cavalheiresco, respeito aos idosos, urbanidade, consciência ecológica, interesse pela leitura de um infante, etc.
Claro que a acridade norteia a atual realidade, mas desafie a torpeza e, a partir de hoje, aponte todo dia uma coisa pela qual a vida valha a pena, um momento que consagre a existência e a humanidade. Pode ser difícil, mas será recompensador e pacificador à alma! Um elixir de proteção ao nosso caminhar em direção a dias melhores!
Abraço!