VOLTA ROBIN DOS BOSQUES
Ó Robin dos Bosques, volta já,
À luz do ideal que tudo enleia,
Traz-nos a justiça que não há
E o pão para boca nesta aldeia.
Não há cá sossego, nem se vê
Alguém que cure o mal que aqui ´stá
P´ ra que haja esp´ rança e pura fé
Ó Robin dos Bosques, volta já.
Dos nobres valores nem se fala
Cumprir um dever não se premeia
Toda a alma seca e não embala
À luz do ideal que tudo enleia.
Sobram inocentes deserdados
Sem que tenham ´ sprança no amanhã
E para os amores desajustados
Traz-nos a justiça que não há.
À terra já falta o condimento
E o labor das mãos que a semeia
Falta em todos o contentamento
E o pão para a boca nesta aldeia.
Volta, ó Robin, e não demores,
Chegada é a hora da paixão
Serás bem recebido com flores
Volta, Robin, não demores, não!
Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA