POR QUÊ? POR QUÊ? POR QUÊ?
Sempre tentei agir de forma responsável com as pessoas que cativei, que me cativaram. Uma série de circunstâncias infelizes cerceou minhas ações, levou-me a esta impotência de gestos, após a eclosão de equívocos inimagináveis, de equívocos que não sei como desfazer, de equívocos em razão dos quais me vejo inerme a contemplar, com mãos inúteis, tanto sofrimento em cada um de nós, tanta exaustão, tantos descomedimentos de vária natureza, tanta dificuldade para pedir perdão, cada qual a si próprio e perdão a cada um dos demais envolvidos, nós, os envolvidos, estes pobres seres cativados, perdão por erros que nem compreendemos direito quais sejam, mas que mostraram sua ação deletéria, erros que nos ensombrecem a alma, a face, os dias.
Por quê? Por quê? Por quê?
Uma única certeza me resta: A paz da minha alma depende da paz nas vossas almas; não há como separar o destino da minha alma do destino de vossas almas. Por que somos todos um só? Talvez porque sejamos todos um só.
Na alta madrugada de 01 de dezembro de 2011.