EXTRA-correcto
Foste-te assim como viés-te. Na calada da noite, de olhos incobertos.
Redigis-te com teus olhos, detrás dos teus óculos uma serenata.
Abriste teu corpo, sentado ao topo, um copo me deste.
Acabei fraseando, poucos versos que sobraram, perdidos.
Trocámos discursos, poucos e curtos, correctos.
Seguimos o passeio, num outro patamar da esteira, um grande voo.
Descemos escadas, areias estácticas, torrámos ao sol.
Um brinde surgiu, gotas vermelhas mil, tudo se esvaziou... até a noite chegar; moves-te os olhares, me tirás-te tudo, fiquei com calor...
Não, fez frio me lembro, me quería aquecer e nada me deste.
Não foi correcto, foi extra correcta a lembrança que ficou.
Noutros dias ou anos, se fossem outros, compreendiría...