EXTRA-correcto

Foste-te assim como viés-te. Na calada da noite, de olhos incobertos.

Redigis-te com teus olhos, detrás dos teus óculos uma serenata.

Abriste teu corpo, sentado ao topo, um copo me deste.

Acabei fraseando, poucos versos que sobraram, perdidos.

Trocámos discursos, poucos e curtos, correctos.

Seguimos o passeio, num outro patamar da esteira, um grande voo.

Descemos escadas, areias estácticas, torrámos ao sol.

Um brinde surgiu, gotas vermelhas mil, tudo se esvaziou... até a noite chegar; moves-te os olhares, me tirás-te tudo, fiquei com calor...

Não, fez frio me lembro, me quería aquecer e nada me deste.

Não foi correcto, foi extra correcta a lembrança que ficou.

Noutros dias ou anos, se fossem outros, compreendiría...

Divavid
Enviado por Divavid em 01/11/2011
Reeditado em 11/12/2018
Código do texto: T3310845
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