Não quero que vais embora...
Não quero que vais embora...
Não quero que me deixes só em meio ao inverno que deixa a minha alma enrijecida por falta dos teus carinhos
Não quero que vais embora...
Não quero mais ouvir o bater da porta que alavancava o meu coração com medo que não voltasses
Não quero que vais embora...
Não quero mais ouvir o eco de nossas vozes se entrelaçando em meio a culpas e desculpas
Não quero que vais embora...
Não quero mais minhas mãos a tua procura nas noites de insônia
Não quero que vais embora...
Não quero minhas lágrimas ofuscando meus olhos a procura de ti
Não quero um meio dia ou espera-lo até meia noite
Não quero meia lua
Não quero a saudade escrevendo nossos nomes nos móveis empoeirados que ficaram na sala
Não quero a necessidade do perdão para que teus braços se envolvam nos meus
Não quero o tesão mais a razão... Que me surpreende e faz com que a minha boca insana
Te desperte e sintas o néctar de minhas entranhas.
Maria Bernadete de Almeida