FIM DE LINHA
Uma das canções do cantor Nat King Cole – “At the end of a rainbow” – tem em um dos seus versos a frase ‘...no fim de um rio, a água pára de correr e, ao fim da estrada de ferro, não há mais para onde ir’.*
Em termos físicos, materiais e humanos, esta idéia é amplamente justificada, pois vemos, diariamente, situações do tipo beco sem saída.
Um desemprego, colapso financeiro, doenças que os médicos não podem tratar, uma família desfeita, sonhos derrubados, esperanças canceladas.
Diante disso, a primeira idéia se volta para desistir, abandonar os esforços, entregar os pontos, deixar que a derrota e o desânimo nos envolvam. Mas tal postura em nada ajuda.
Por outro lado, dizer simplesmente : “Reaja”, “Dê a volta por cima”, “Tente outra vez”, pode soar meramente como o conselho de quem não sabe qual é o “tamanho da encrenca”, e nem está disposto a saber o que acontece.
Embora alguns considerem meus livros e meus escritos algo ligado à auto-ajuda, não penso assim, pois quem está no fim da linha carece de condições para gerar, sozinho, novas realidades positivas.
Seguramente, acredito que a solução está na busca de Deus, não sob a forma religiosa e impessoal, mas como um amigo disposto a auxiliar os que o invocam, e para Ele não existe fim de linha, pois enquanto nossa palavra propõe idéias, a Palavra dele cria.
Hoje – independente da situação que está enfrentando – fica válida a oferta de Deus, dentro de sua capacidade não somente de preservar o que está vivo, mas até de fazer viver até aquilo que já morreu – tais como sonhos, projetos, ideais, relacionamentos – como Jesus fez para com Lázaro (João 11).
Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. (I Pedro 5:7).
At the end of a river
The water stops it's flow
At the end of a highway
There's no place you can go