Entre o Perdoar e o Esquecer
Dificílima essa questão pouco refletida por muitas pessoas. Perdoar uma ofensa, uma falta que nos deixou profundamente magoados é uma tarefa de solução quase impossível. Na verdade as situações que permitimos que nos atinjam ( nós permitimos) deixam marcas tão profundas que torna-se um problema de proporções gigantescas. Quem já não se sentiu tão ofendido a ponto de dizer: _ Nunca mais falarei com fulano! Isso ocorre com muita frequência. No entanto nada melhor que o tempo e na maioria das vezes, acabamos chegando a conclusão que guardar mágoas ou rancores só prejudicam-nos. Existem momentos em que ao pensarmos melhor, nos reaproximamos e voltamos a falar com o ofensor e perdoamos. Será que perdoamos? Será que esqueceremos?
Esquecer , já é um desafio e de mais difícil realização. As palavras proferidas num instante de ânimos exaltados são impensadas e atingem de maneira muito forte . Perdoamos, todavia muitas vezes o que se passou volta e meia surge em nossos pensamentos ao depararmos com a criatura que nos provocou a instabilidade emocional.
Raciocinemos da seguinte maneira: o ato mais nobre é na realidade o perdão. Quanto ao esquecimento é algo difícil , no entanto o que deve acontecer é que ao nos lembrarmos dos fatos , estes não nos abalem, que encaremos como algo que já passou e portanto não tem a menor importância.
Quando duas ou mais pessoas entram em conflito as reações são inesperadas e depois chegam a pensar que por causa de um mal entendido, uma interpretação mal dada desencadeou o que poderia ter sido evitado. Não é fácil termos esse discernimento mas, priorizemos em nossas vida a Paz e buscando a Paz saberemos raciocinar antes de reagirmos a qualquer comentário ou outros que venham a nós. Isso somente para que o desgaste psíquico não seja danoso e o envolvimento emocional desastroso. Arrependimentos certamente ocorrerão.
Pensemos sériamente nessa nova prática.
Denise Vieira Doro