Propaganda eleitoral: não vote na mágoa (já chega...)



O que as eleições têm a ver com o coração? O que um voto representa no universo de sentimentos que há em nós?

Porque estamos em época eleitoral, muitos entendem que suas escolhas terão um impacto mediano no dia a dia, o que não deixa de ser verdade, pois há uma certa distância entre os governantes e cidadãos, e as mudanças que desejamos nem sempre são imediatas.

Deixando a política de lado....

Se formos para a esfera emocional e espiritual, nossas escolhas contam muito, e os votos têm significados diferentes.

Você vota em quê?

Na personalidade forte, na pessoa transigente ou no tô-em-cima-do-muro?

Na temperança, no tomara-que-a-casa-caia, ou no não-tô-nem-aí?

No falo-na-cara, na conversa ou no amanhã-a-gente-se-vê?

Veja que não é simples optar, há nuances tão singelas entre o que vivemos, pensamos e agimos que – às vezes – a gente não tem a resposta certa.

E ainda há situações em que nós nem votamos – os outros votam por nós.

Como exemplo cito a nossa criação, pois não podíamos – em tenra idade – escolher que colégio, que tia, que férias, que comida queríamos. E se nossos pais erraram, brigaram, usaram de indiferença e não elegeram o carinho e respeito da convivência, hoje colhemos frutos da eleição deles.

Assim também com as pessoas que convivemos, pois não podemos moldá-las (ou mudá-las) para que escolham o que achamos certo. E também temos de dividir os louros (ou fracassos) de suas eleições pessoais.

E você perguntará: como pensar em decisões de natureza democrática no campo espiritual? Isso existe?

E a resposta é sim, uma vez que a condição de livre arbítrio que Deus nos concede envolve uma opção de nossa parte, que representa um VOTO nas expectativas futuras.

Adão e Eva deram o voto errado, e fizeram com que o pecado entrasse na seara humana. Houve conseqüências que até hoje experimentamos. Mas se nada pode ser feito a respeito do voto ancestral, tudo deve ser feito a respeito de Jesus, que é o nosso segundo Adão (Cor 15:20-21).

A Palavra deixa claro que os homens, ao receberem Jesus feito carne, não O aceitaram, mas optaram pela REJEIÇÃO, amando mais as trevas do que a luz (Jo 3:19), e isso se destaca no voto dado quando do julgamento de Cristo:

“E, respondendo o presidente, disse-lhes: Qual desses dois quereis vós que eu solte? E eles responderam: Barrabás.
Disse-lhes Pilatos: Que farei então de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado.” (Mateus 27)


Saiba que o fundamento do voto errado está na forma pela qual o homem vê a realidade, ou seja, ele se apega ao que é VISÍVEL e não àquilo que, baseado em fé, é INVISÍVEL e futuro.

Hoje, você pode fazer mais do que tem feito ultimamente. Pode fazer um voto multiplicativo – tipo voto de legenda – levando pela sua opção mais e mais pessoas a serem felizes.

Opte pelo amor, perdão e paz. Tem mágoa? Deixe ela ir embora. Tem medo? Livre-se dele. Tem ansiedade? Pare de se preocupar tanto. Tem indiferença? Dê o primeiro passo.

Ao final, na eternidade, saiba que nossos votos serão apurados, um por um, numa avaliação precisa, de modo que até as palavras que dizemos e nossas ações serão computadas.

Deus deseja modificar sua vida MESMO NAQUILO QUE VOCÊ ENTENDE IMPOSSÍVEL.

No dia da eleição – e por todo o sempre – dê sua opção a Deus.

“Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8:31-32).

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