Pare e relembre quantas vezes – mesmo que por um instante -, desejou que alguém simplesmente desaparecesse do planeta. Ou então imaginou como seria bom estar num lugar paradisíaco sozinho, sem ninguém por perto.
Meu mundo por uma ilha...
De fato, algumas pessoas se sentem tão pressionadas, que chegam a desejar – com todas as forças – que tudo e todos literalmente sumam!
Os pensamentos passam a ser do tipo: Seria tão bom se o chefe mudasse. Seria ótimo se fulano fosse transferido. Seria maravilhoso se minha família me aceitasse. Eu não mereço ser tratado assim!
Mas será que temos de esperar que as coisas se modiquem para, então, termos paz e sermos felizes?
Quando crianças, aspiramos a idade adulta, pois nos é evidente que os mais velhos não entendem nosso comportamento, nem dão valor aos nossos sonhos.
Porém, na idade adulta - depois dos conflitos da adolescência -, continuamos nos sentindo afastados dos outros, porque afinal de contas, não eles alcançam quão difícil é manter a vida depois de tantas lutas, algumas vitórias, e outros tantos reveses.
Resumindo este estado de alma, o que realmente desejaríamos seria um mundo onde as pessoas, os lugares, o tempo e até o clima estivessem ajustados a nossa realidade pessoal.
Todavia, se nos lembrarmos daquilo que Jesus ensinou, descobrimos que aquilo que nos afeta necessariamente precisa respeitar dois parâmetros especiais.
Um deles é o amor a Deus, criador de tudo que nos cerca, tanto das flores como dos espinhos. Do sol escaldante ou da neve; da doçura do morango ou do azedume do limão.
Assim sendo, não nos cabe mudar nosso ambiente, mas aproveitá-lo tal qual foi estabelecido.
A segunda questão determina que devamos oferecer ao próximo um interesse, um amor e um cuidado exatamente igual àquele que desejaríamos receber.
De tal maneira que, muitas vezes, seremos levados a abandonar aquilo que nos é ideal em favor do que pode beneficiar o meu próximo.
A concepção de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo (Mateus 22:35-38) não se aplica a um meio religioso, mas deve ser exercido primeiramente no lar, depois no trabalho, no ambiente escolar – se você freqüenta – e no dia-a-dia das situações mais conflitantes, onde disputamos uma melhor posição profissional, o último acessório eletrônico em oferta ou uma vaga de estacionamento.
Não espere que o universo vá se curvar a você, para então ser feliz. Não pense que o mundo lhe deve alguma coisa.
Você tem uma vida interior, que refletirá em suas ações externas.
Seja flexível com a realidade e obtenha o melhor do que lhe é ofertado hoje.
E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. Mateus 22:35-38 |