Á MINHA FILHA AMADA! (YASMIM)

Yasmim!

Eu sonhei com você enquanto estava na barriga de sua mãe.

Eu também estava grávido de você, porque sentia uma alegria muito grande em meu coração, porque você estavas preste a chegar.

Eu vi você em uma imagem preto e branco, numa ecografia, e foi o filme mais lindo que já vi, até hoje, em toda minha vida.

Eu vi você nascer, estava lá esperando ansioso por isso. Aflito.

Eu programei minha vida em prol do seu nascimento.

Eu desejei que você nascesse a mais perfeita criatura ja vinda á esse mundo, como todos os pais poderíam desejar para seu filho.

Eu arrumei um jeito de te dar uma vida decente, com as melhores coisas que um pai poderia dar á um filho, dentro das minhas condições.

Eu fiquei em minhas noites sozinho, depois que sua mãe dormia, imaginando um jeito de te alegrar a vida.

Eu que, nas hora mais difíceis da vida, tive a certeza que, se lutasse com muito afinco, conseguiria te dar a melhor vida que um pai sonharia em dar á seu filho amado.

Eu que, nos momentos em que tive dúvidas se iria conseguir te dar tudo que você precisava, arrumei forças, até de onde não tinha, para não deixar faltar nada a ti.

Eu que concordei, com quase tudo, que sua mãe queria fazer para alegrá-la, em sua chegada.

Eu que tive muita paciência, quando ansioso, desejava que chegas-te logo.

Eu que, em hora nenhuma, jamais desejei dar-te alguma coisa ruim, e que sempre quis o melhor para ti.

Eu que lutei para te dar estudo e realizar seus sonhos de criança.

Eu que te ensinei a andar de bicicleta e patins, e te dei as primeiras noções de equilibrio na vida.

Eu que abri mão de parte dos meus sonhos, só para satisfazer parte dos seus desejos.

Eu que não medi esforços, alem da minha capacidade, para lhe dar o que pudesse.

Mas agora você vem me dizer que não me quer mais como pai?

E que não quer me ver mais?

Onde está o seu brio?

Onde está sua decência de sabedoria?

Onde foi parar todo aquele carinho que lhe dei?

Onde foi que errei?

Se errei, foi sem querer.

Foi mais por excesso de zê-lo.

Se errei! Se não por isso!

Perdoa-me. Não és capaz de perdoar, eu te perdoo.

Jamais quis magoar-te.

Te amo muito e sempre estarei aqui.

Coloco maior fé em você e sei que ainda me trará muitas alegrias.

Te amo filha... Conte com seu pai sempre, no que eu puder.

Lembre-se, nunca dei-lhe mais porque não tive condições, mas se o tivesse, sabes que te daria.

Beijos nesse coração que sei que é doce como mel.

By Adauto.... Se soubesses o quanto à amo, não sentiria mágoas do pai.

Só o desabafo de um pai magoado... Desculpe.

almadepoeta
Enviado por almadepoeta em 09/05/2010
Reeditado em 13/02/2012
Código do texto: T2245728
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