Os homens preferem mulheres controladoras?
Nossa vida é composta de muitas fases. E uma de extrema importância é a da infância, quando podemos ter uma de duas situações. Vejamos.
Se crescemos num ambiente saudável, recebendo atenção e amor, recebendo elogios e formando boa auto-estima, teremos a tendência de encarar a vida de um modo positivo, o que poderá nos levar a grandes realizações.
Mas se o lar foi desastroso, e a experiência infantil só traz lembranças desagradáveis, se nos maltrataram e fizeram com que nos sentíssemos inferiores, possivelmente vamos passar uma vida adulta nos sentindo rejeitados. Ficam prejudicados relacionamentos e sonhos.
Você poderá olhar pra trás, e se não faz isso há muito tempo, vai se espantar com os detalhes que irá lembrar de momentos bons e ruins da sua infância, que acabam por nortear muito do que você pensa, age e diz hoje em dia.
E é nesse ponto que entra o papel da mãe.
Não, esta não é uma meditação sobre o dia das mães, nem uma homenagem a elas, mas uma séria conclusão a respeito do que representa uma falha no desempenho desta posição da mulher na vida de uma família.
Três dados nos são trazidos pela sabedoria da Bíblia Sagrada. O primeiro compara o amor de Deus àquele de uma mãe por seu filho, pois parece ser o topo dos sentimentos humanos (Isaías 49:15). O segundo determina que a criança deva ser orientada, pois este é o momento chave de sua vida (Proverbios 22:6), e o terceiro fala que à mulher cabe edificar sua casa (Provérbios 14:1).
O conjunto destes pensamentos indica que uma mãe tanto pode ser a base sólida da vida de qualquer pessoa, como o maior impedimento para seu sucesso.
Exatamente. Um pai pode ter, e tem seu papel na criação dos filhos. Também os avós, professores, bons amigos, muitas vezes ajudam, mas mães são mães.
A igualdade dos direitos conferido às mulheres é algo bom em termos humanos, sociais, políticos e até divinos. Então é lógico que elas na podem ter os melhores empregos, devem ganhar altos salários, são excelentes no comando de tudo em um país. Todavia, se isto implicar abandono aos filhos, um alto preço vira a ser pago em suas vidas.
De outra parte, aquelas mulheres que dão mais valor ao casamento que aos filhos; ou que transferem aos seus filhos as pressões que sofrem; ou que vivem para atormentar psicologicamente a criança, irão causar imenso dano na vida desses futuros adultos.
Buscando opiniões de Doutores no ramo especializado, vemos que homens que tiveram mães dominadoras irão – via de regra – acabar se relacionando com mulheres controladoras e fortes como sua mãe. Talvez poderão desenvolver até um temor em relação às mulheres, na crença de que todas elas querem exercer controle sobre sua vida profissional, pessoal e emocional. Isso não ajuda em nada, e parece até mesmo um sério obstáculo para bons relacionamentos.
Jesus diz que os que andam com Ele são como o sal da Terra, mas se o sal não for capaz de dar sabor, ele será inutilizado (Mateus 5:13).
Uma mãe pode ser uma executiva, a primeira colocada no concurso, a mulher mais bonita da cidade, a campeã de tênis, a melhor investidora do mercado, mas, antes de tudo, precisa ser o porto seguro de seus filhos e a pessoa que os acalma e transfere segurança. Essa é a sua essência.
Não se fala aqui em um processo de exclusão, onde o lugar da mulher é em casa, mas de seleção, aonde as primeiras coisas vem primeiro.
O famoso escritor Tennessee Willians, um dos maiores dramaturgos estadunidenses, cujas peças foram premiadas e tiveram vez em produções de Hollywood, teve experiência parecida, e relata em suas memórias as imensas dificuldades com a mãe.
De outra parte, em entrevista recém-publicada, uma conhecida atriz global fala das mazelas de sua vida e de momentos tristes e complicados advindos de feridas emocionais, causadas pela falta de apoio materno na infância. Ao longo da entrevista, a figura da mãe é trazida várias vezes, como marco do que aconteceu, acontece e talvez acontecerá para sempre.
Deixar que algo se interponha entre você e seus filhos representa retirar deles um direito sagrado. Confrontá-los, pressioná-los ou fazê-los partilhar de problemas pessoais, antes do tempo em que eles terão seus próprios desafios, os assustará e levará a feridas profundas.
Não é sem razão que a Palavra de Deus alerta:
E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor (Efésios 6:4).
Queridas, respeitadas e maravilhosas mães, saibam que de todas as vitórias que a vida lhes reserva, terem criado filhos preparados para enfrentar a vida com cabeça erguida, muita auto-estima, brilho nos olhos e esperança no coração é a mais significativa e durável.
Texto de autoria de Pastor Elcio Lourenço. Pastor desde 1968.