Quero falar de flores... e não de espinhos
Vou revelar um hobby. Aqui e ali tenho meus momentos artísticos e pinto quadros, cuja característica mais marcante é o intenso vermelho em telas enormes.
Passo horas ali. Num quarto separado, fico submerso nos contornos do desenho, perspectiva, luz, e parece que o mundo pára por alguns instantes.
São momentos relaxantes, mas certamente minha praia é outra, e não passo de um amador perto dos grandes artistas, que marcaram a história.
Alguns deles são de difícil compreensão. Outros, gênios absolutos da forma.
E aqui chamo atenção para aquele que deu às cores o maior destaque, o modernista Henri Matisse – pintor, escultor e ilustrador - que teve uma vida longa, permeada pelas dificuldades existentes entre os séculos XIX e XX, cujas obras serão levadas à exposição em São Paulo, nos próximos dias.
Mas como disse, sou um E.T. no campo das artes, e minha menção a Matisse tem apenas como razão um fato curioso.
Matisse era declaradamente ateu e, contudo, é de sua autoria esta afirmação: “Sempre haverá flores para quem quiser vê-las”, o que tangencia uma verdade divina.
Não cabe a mim emitir opiniões espirituais sobre ninguém, e não sei qual a avaliação eterna sobre o artista, que partiu em 1954.
Mas para nós, que ainda estamos pintado o quadro de nossa existência, a frase que ele disse nos remete a outra, trazida pelo rei Davi - artista dos Salmos - que afirma serem os céus uma obra de arte divina, que proclama sua glória (Salmos 19:1).
Juntando essas duas idéias, podemos estar certos que a PAZ e a FELICIDADE podem entrar em nossa vida, pela mão de Deus, na medida em que fizermos Dele nossa prioridade. E, é lógico, tais tintas não se misturam com o rancor, a dúvida, o medo e o ódio.
Se seu desejo é ver flores, fazendo da vida um quadro de cores intensas e vibrantes, isso é possível. Porém, você terá de deixar de lado os pântanos sombrios e águas estagnadas, por vezes escondidas lá no fundo do coração.
De fato, abandonar tais sentimentos representa retirar da mente os espinhos que nos ferem:
O deserto e os lugares secos se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como a rosa. (Isaias 35:1).
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