Perdão a um Pai

Lembrando da minha infância, fico a pensar o quão feliz eu era

Lembro-me de meu pai e suas brincadeiras, quando me punha pra dormir

E as lembranças são tantas, nem posso conta-las

Quando eu estava enferma, dormia em seus braços

E quantas noites foram assim? Não me lembro.

Fui crescendo e meu pai sempre cuidava, de cada um de nós

Os presentes, os doces, tantas coisas boas.

De repente, algo quebra esta harmonia. Seja o que for.

Algo foi quebrado, algo que trouxe dor.

E interessante, como as lembranças somem num instante.

Tudo fica guardado dentro do baú das nossas emoções.

E nada mais resta, a não ser rancor, mágoas, pesares.

Então eu penso: Será que vale a pena viver assim?

Não, não vale a pena. A vida é feita de muitos sentimentos.

Vivemos momentos de dor, alegria, traumas, reconciliação.

Mas que possamos realmente valorizar o que é belo.

Acabamos parando apenas nos restos de comida das nossas emoções

E perdemos a melhor refeição.

De saborear a paz, alegria e o perdão.

Perdão é sublime. Traz tantas coisas pra nossas vidas.

Perdão nos liberta da prisão que nós mesmos construímos

Só que nesta prisão só existe um prisioneiro: você.

Perdoe, ainda que você não o encontre mais.

E mesmo que vocês não se encontrem,existe um lugar que poderão se ver

Em suas memórias, de um passado feliz e que um dia foi perfeito.

Andressa Simor Velten
Enviado por Andressa Simor Velten em 11/07/2009
Código do texto: T1694480
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