ARROGÂNCIA (e eu quero amor...)


Diga aí: você já conviveu com pessoas “donas da verdade”? Com alguém que “sabe” todas as soluções, e que inclusive quer mandar na sua vida?


Arrogantes, prepotentes, autoritários... de difícil convivência. Pessoas fechadas na sua própria realidade, e que não aceitam opinião diferente da sua, e tentam impor, minuto a minuto, sua realidade aos outros.

Se o “manda-chuva” está triste, ninguém pode estar feliz. Se não gosta de fulano, ninguém pode gostar também, porque, afinal, fulano não “vale nada”. E nem tente dizer o contrário... É discussão certa.

De fato, essa atitude mostra que não possuem segurança e nem paz interior, que desejam transferir suas angústias e tristezas para os que o cercam, ou nivelar o mundo a sua própria realidade insignificante.

Veja o seguinte: mesmo pessoas de diferentes religiões admitem a importância absoluta de Jesus Cristo que, sendo Deus, se mostrou em carne, tendo sido o maior ser humano de todos os tempos.

De forma curiosa, o Mestre define a si mesmo como um orientador perfeito, não por sua grandeza, mas pela HUMILDADE:

Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humildede coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. (Mt 11:9).

O que vemos ao nosso redor nestes dias é, entretanto, algo completamente diferente.

No trabalho, em casa, em muitos círculos e até mesmo em intervenções vindas de pessoas que nem fazem parte da conversa, surgem, a cada instante, os “donos da verdade”, que pretendem ser a sua opinião a única válida.

O curioso nisto tudo nem é o papel ridículo que tais pessoas encenam diante dos demais, mas a ORIGEM de tal atitude, uma vez que ela não deriva de uma prova de saber, de experiência ou de conteúdo de vida, mas de uma realidade inversa.

Jesus falava pouco a respeito de si mesmo, dedicado a cumprir a missão que lhe fora entregue pelo Pai (João 12:49). Discutir, debater, argumentar não lhe era necessário, pois sua verdade tinha cunho absoluto, ou seja, ele não meramente agia, ele era.

Os tais “manda-chuvas” sobrepõem seus juízos, cotejando tudo que os outros dizem com suas próprias experiências, como se sua vida tivesse o condão de reger a dos outros.

Triste é o fato que tais indivíduos, que não são raros, estão se condenando, cada vez mais, a um futuro desastroso e solitário, uma vez que não possuem conteúdo interior, e como não ouvem, jamais irão aprender o suficiente para adquirir tal qualidade, indispensável para a felicidade terrena.

Salomão, milênios atrás, movido pela sabedoria que Deus lhe havia outorgado, nos leva a seguinte informação chave:

Não repreenda o escarnecedor (o manda-chuva), paraque te não aborreça: repreende o sábio, e amar-te-á.
Dá instrução aos sábios, e ele se fará mais sábio, ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento (Provérbios 9:8-9).

Texto de autoria de Pastor Elcio Lourenço. Pastor desde 1968.

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