Não há pecado nisso, creia
Não se incomode com essas certas mulheres
Pois caso não saibas, sou uma delas
Não há nada a imacular
Nem sua dádiva ou seu olhar
Guardamos no peito ou escrito no leito
Os momentos mais ternos
Pois como não serão eternos
Serão, por certo, desfeitos
Nossas falas mais bonitas
Serão cinzeladas com laços de fitas
Coloridos coraçõezinhos as enfeitarão
Com perfume, com carinho
Com um beijo de batom no cantinho
E assim será guardada toda nossa emoção
Mulheres são assim, sempre adolescentes
Apegam-se a um mimo
Como a um cristal balançando lá em cima
Da prateleira, pendente
Estamos sempre de mãos postas
E com o olhar aflito a salvar
O que nos for comovente e bonito
Somos cuidadosas
Suas palavras, muitas vezes jogadas ao vento,
As aparamos
E ainda que você esqueça do que disse
Nós as guardamos
E mesmo que por vezes elas sejam duras,
As lapidamos
Nossa língua doce pode modelar a pedra mais bruta
Porque já nascemos com astúcia
É assim que somos
E quando um dia, a solidão, por um motivo qualquer
Nos pegar na contramão e nos sentirmos menos 'Mulher'
Teremos nosso livrinho a nos socorrer
Aquelas lembranças nos mostrarão
Que nunca perdemos um querer
E que enquanto fizermos valer,
A vida será sempre bela de viver
E você estará lá em cada traço
Desenhado por nosso fino compasso
E olharemos nossas falas com carinho
E ainda que você seja um pássaro
Que tenha já voado pra outro ninho
Juntaremos as evidências junto ao peito
Para que uma lágrima incontida
Ao ser escorrida não estrague o pergaminho
O tempo chegará, ao seu tempo
A neve nos nossos poucos cabelos nos valerá pelo que vivemos
A falta de dentes ou do viço da pele não tirará nosso vigor
Pois manteremos no brilho dos olhos, a meninice, por puro amor
Permita-nos fazer um pouquinho de arte, pela arte
Não deixe que sua página na nossa, fique vazia
A vida é pra se viver inteira e não às partes
E sempre dela queremos fazer poesia
Não se incomode com essas certas mulheres
Pois caso não saibas, sou uma delas
Não há nada a imacular
Nem sua dádiva ou seu olhar
Guardamos no peito ou escrito no leito
Os momentos mais ternos
Pois como não serão eternos
Serão, por certo, desfeitos
Nossas falas mais bonitas
Serão cinzeladas com laços de fitas
Coloridos coraçõezinhos as enfeitarão
Com perfume, com carinho
Com um beijo de batom no cantinho
E assim será guardada toda nossa emoção
Mulheres são assim, sempre adolescentes
Apegam-se a um mimo
Como a um cristal balançando lá em cima
Da prateleira, pendente
Estamos sempre de mãos postas
E com o olhar aflito a salvar
O que nos for comovente e bonito
Somos cuidadosas
Suas palavras, muitas vezes jogadas ao vento,
As aparamos
E ainda que você esqueça do que disse
Nós as guardamos
E mesmo que por vezes elas sejam duras,
As lapidamos
Nossa língua doce pode modelar a pedra mais bruta
Porque já nascemos com astúcia
É assim que somos
E quando um dia, a solidão, por um motivo qualquer
Nos pegar na contramão e nos sentirmos menos 'Mulher'
Teremos nosso livrinho a nos socorrer
Aquelas lembranças nos mostrarão
Que nunca perdemos um querer
E que enquanto fizermos valer,
A vida será sempre bela de viver
E você estará lá em cada traço
Desenhado por nosso fino compasso
E olharemos nossas falas com carinho
E ainda que você seja um pássaro
Que tenha já voado pra outro ninho
Juntaremos as evidências junto ao peito
Para que uma lágrima incontida
Ao ser escorrida não estrague o pergaminho
O tempo chegará, ao seu tempo
A neve nos nossos poucos cabelos nos valerá pelo que vivemos
A falta de dentes ou do viço da pele não tirará nosso vigor
Pois manteremos no brilho dos olhos, a meninice, por puro amor
Permita-nos fazer um pouquinho de arte, pela arte
Não deixe que sua página na nossa, fique vazia
A vida é pra se viver inteira e não às partes
E sempre dela queremos fazer poesia