Recomeço - esquecendo os maus momentos da bolsa de valores do coração
Como engenheiro, estudei algumas cadeiras de economia em meus cursos de pós-graduação e mestrado, não sendo, contudo, autoridade para discorrer sobre a matéria.
Na qualidade de modesto investidor, participei de várias modalidades de aplicações financeiras, inclusive em bolsas, na compra de ações isoladas ou participando de clubes de investimentos com colegas, e conclui não ser uma boa idéia manter-me nessa última modalidade.
O motivo de tal decisão foi constatar que as bolsas, diferentemente de negócios diretos, são “território” de risco alto. Nos demais empreendimentos, você avalia os preços de compra e de venda do produto, as despesas e o capital, e calcula os lucros que possam ser obtidos. Já na bolsa, muitas outras variáveis não conhecidas estão em ação.
Muito bem, não estamos aqui para discutir ações, bolsa, ou crise financeira, uma vez que o nosso trabalho analisa não o material, mas o espiritual.
Queremos falar do coração, do sentimento, da fonte de todas as realidades maiores da nossa vida, conforme ensina o sábio Salomão:
Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as saídas da vida. (Pv 4:23).
Uma das formas mais práticas de “guardar o coração” é evitar que este seja sobrecarregado com aquilo que não tem qualquer valor.
Um coração, que na realidade é a palavra poética usada na Bíblia para a nossa mente, deve ser depósito de esperanças, amor, gratidão, alegria, poesia e fé.
Estas coisas são “produtos” de retorno garantido, como ouro, pedras preciosas, alimentos, água pura, algo que podemos acompanhar, controlar e desfrutar, sem receio de uma quebra.
Por outro lado, se deixarmos nosso coração aberto, como as bolsas - para todo tipo de ação - podemos nos deparar com aquelas “podres”, como a ira, a suspeita, o ciúme, a tristeza, o medo, a ansiedade, a descrença, e elas terão o poder de prejudicar até as excelentes, e levar à ruína nossa vida.
Deus adverte sobre compras equivocadas e nos chama para a aquisição de suas ações preferenciais, gratuitas e válidas em qualquer mercado e para sempre:
“Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei! Vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.”
“Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura.” (Isa 55:1-2).
Texto de autoria de Pastor Elcio Lourenço. Pastor desde 1968.