ROMPENDO A CASCA
(uma nova maneira de encarar você e o OUTRO)
Receio, temor, apreensão...
Como nos sentimos pressionados e inquietos todos os dias. E cá pra nós, os sobressaltos e as emoções violentas muitas vezes são reações desproporcionais frente a pequenos problemas e, outras vezes, os grandes problemas nos “engolem” porque estamos cheios de MEDO.
As Escrituras nos relatam um episódio curioso, onde certo Juiz de Israel - chamado Gideão - venceu milhares e milhares de amalequitas com apenas 300 homens. Porém, pouco se dá ênfase aos aspectos prévios desta epopéia, onde estava inserido um fato sério e atual: “A maioria das pessoas vivem com medo”.
De fato, na primeira convocação para a batalha, apresentaram-se ao lado de Gideão nada menos que 32.000 homens, mas, conforme o líder deu espaço para que os covardes, e depois os indolentes, voltassem para casa, restaram aquelas três centenas de guerreiros (Juízes 7: 1-7).
O medo é algo presente nas pessoas, e, mesmo eliminando as “fobias”, que possuem um cunho irracional, razões existem para a insegurança em um mundo onde a violência e a incerteza campeiam ao redor.
Seria muito simples dizer para alguém: “Don't worry... Be happy!”, mas quando a ameaça se aproxima de nós, ou dos nossos familiares, a coisa muda de figura e passamos a responder de acordo com as memórias e sensações de problemas e derrotas antigas.
Exatamente, cada experiência negativa se estabelece no homem tal qual uma camada de argila sobre uma peça de mármore precioso, encobrindo seu brilho, até que forma uma casca rude, opaca e feia, que não deixa transparecer a nossa verdadeira personalidade, dotada de alegria, esperança e força para vencer.
A grande alternativa está, mais uma vez, em Deus, pois Ele é amor (I Jo 4:8). Um sentimento que absolutamente não se atemoriza, não julga os outros, não inveja, não vive em suspeita, não se irrita sem motivo, é capaz de ceder, de esperar e de crer (I Cor 13:1-13), condição essas que permitem lançar fora o medo, pois se não invejo ninguém, nem me preocupo em perder algo, ou que uma pessoa qualquer me prejudique, o que há para temer?
Este conceito é claramente marcado pelas palavras do apóstolo João em sua primeira carta:
“No amor, não há medo, antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo trás consigo a pena, e o que tem medo não é perfeito em amor” (I João 4:18).
Texto de autoria de Pastor Elcio Lourenço. Pastor desde 1968.