BOM DIA, DOUTOR !!!
Muitas vezes me vejo surpreso com a velocidade e mobilidade da informação. Sistemas avançados, programas que utilizam imagens de satélite, tecnologia que mapeia o mundo todo na tela do computador, visões do espaço on line.
E estou certo que você - mesmo sendo um PhD - também reconhece a impossibilidade de acompanhar - em tempo real - a amplitude das descobertas a cada dia apresentadas.
Se voltássemos alguns séculos, iríamos identificar uma relação muito próxima entre os chamados sábios e os homens mais simples, pois sabedoria se definia por experiência, e não por know-how tecnológico.
Veja por exemplo a história daquele que marcou o início da nossa era: Jesus. Ele cumpriu a sua missão terrestre num momento nomeado pela Bíblia como “plenitude dos tempos” (Gal 4:4), ou seja, exatamente quando nações como Roma e Grécia lançavam as bases do que consideramos a civilização moderna.
Não restam dúvidas, porém, que as condições existentes naquela época - no que tange à medicina, tecnologia, ciências físicas - eram totalmente primárias, ao passo que hoje elas se multiplicam cada vez a intervalos mais curtos.
Tal realidade lança um questionamento nada desprezível sobre muitos dos relatos das Escrituras, havendo polêmicas acerca dos mais variados aspectos da crença cristã.
Como já estou no planeta há bom tempo, cheguei a conviver com as idéias de que fé era coisa de pessoas que não tinham acesso ao conhecimento, e que os mais preparados podiam prescindir dela.
Pessoalmente não adotei este conceito quando cursava a escola primária, nem na minha iniciação à matemática na Universidade de São Paulo. Retive minha convicção de Deus no curso de Engenharia Civil da Universidade de Brasília e no Mestrado na Inglaterra, e considero que agi certo.
A ciência e o conhecimento são maravilhosos e espero aprender muito ainda, mas elas representam não uma discordância de Deus, mas um pequeno toque na direção àquele que tudo sabe.
Davi afirmava que os céus - a imagem visível do universo - representam uma bandeira da glória de Deus (Salmos 19:1), e seu filho Salomão define o respeito ao Criador como a chave da sabedoria (Pv 1:7).
Uma das afirmações mais interessantes das Escrituras foi apresentada pelo profeta Daniel, cuja sabedoria e conhecimento ultrapassavam a de todos os estudiosos da Babilônia na época, pois ela indica que por mais que aprendamos e cresçamos em conhecimento, o Senhor do Universo sempre estará um passo à frente:
“Falou Daniel e disse: Seja bendito o nome de Deus para todo sempre, porquanto dele é a sabedoria e a força;...
.....Ele dá sabedoria aos sábios e ciência aos inteligentes.
Ele revela o profundo e o escondido e conhece o que está em trevas; e com ele mora a luz.” (Daniel 2:20-22).
Texto de autoria de Pastor Elcio Lourenço. Pastor desde 1968.