PERDÃO!
PERDÃO
*
Fragmentos de uma vida em retalhos
somados
fragilizados...
Menina sonhadora, de outrora remota
Remonta seus castelos na mulher que afronta
É a mesma!
O tempo não passou, os momentos passaram
Cada um ao seu tempo, passaram...
Imagem imaculada, montada para aplausos
hoje imbuída nas lágrimas do que não viveu,
momentos que não existiram, inusitada tristeza
de uma lírica vida tocada ao som da lira
Teriam sido bons?
Saber librar o certo e o errado na mesma medida
libidinosos momentos desperdiçados, tão atiçados
Saber sê-los falsos, por tantos avisos e sentidos
Permitiria, como se não soubesse?
Consentimento outorgado para viver os momentos
matando a fome, e sufocando o sentimento
este que para mim, é o verdadeiro e único alimento!
Com certeza, passariam, como passam as tempestades,
porém as marcas deixadas, como seriam sufocadas?
Sonhos e utopias deixam indeléveis rastros...
E estes tão desejados e por mim renegados momentos,
Te deixaram na vontade!
SILVANA CERVANTES