De novo e de novo.
A dama da noite.
De olho em olho no olho da enxada, no laço da mulher maravilha onde brota as verdades mais profundas, vi o sino e dele acionei o badalo libertando seu som estridente/
No altar era o frade pobre padre, e a bruxa má era o menino seu coroinha quem se perdia nessa mistura de prostibulo templo ou... cabaré./
Buscava no pagamento em se deitar, o dogma da sociedade, só poderia pegar o dinheiro se de novo se dar, que vida louca! Que vida louca!/
Todos os dias sugava o mel de bocas em bocas, de cama em cama, pois tem fraudas secando no quintal./
O próximo, será próximo do rei ou apenas mais um marginal... deitar/ dinheiro,/ deitar,/ se trocar e deixar sempre o próximo entrar pela porta entreaberta do seu cobertor/
Quanto tempo sofrerá em seu silencio furioso entre anjos e satanás,/ não chorarás, e na volúpia dos donos do mundo, apenas o desprezo de outros herdarás./
Faladas será entre homem e animais, queimarás no fogo eterno incendiando aqueles que entre as multidões a usariam entre fetiches e matagais/
Aquele que se entregou a seu amor perdurará de tal dor que nunca saberá o quanto feriu sua inigualável paixão,/ viera a se deitar, pois o maldito relógio não quer parar, só quer a dama louca esperando a porta se abrir estando já sem roupa/
A beleza do corpo se destaca nas fugazes cores das cortinas dos incensos, norteando os odores nessa mistura de nojo e amores./
Óh dama, dona de destinos e desatinos, um dia... um dia irão de lhe compreender./
Que a entrega de amor sem amor, sim por extrema necessidade,/ tirando a roupa para um qualquer, era o mesmo que aos poucos... morrer.
(val) um autor desconhecido.