Cortina Azul. . .
Vejo o tempo passar por mim e eu passo por você
Em baixo da cortina que cobre o céu noturno
De forma inconsistente, consistente tento ser
Envolto por um brilho tingido de azul escuro
Ao ver o farol iluminando minha direção
Meus pensamentos se perdem quando tento encontrar
Aponta-me o rumo certo da embarcação
E as minhas palavras fazem vento pra poder te levar
Os faróis do céu brilham pra mim
Enxergo o seu céu infinito, assim...
Falo pra lua me esperar
Digo que vou te levar
Mas se tu não podes ir
Te encontro num sonho, quando dormir
Nas minhas lembranças, momentos de quando era criança
Desenhos que fazia na esperança de ser mais do que sou
Doce infância
E nos braços dos anos eu te abraço numa dança
E a gente dança sem cansar, apesar de machucar
Teus olhos brilham pra mim como o farol brilha para o mar
Me dobrei em mil pedaços
Origami de papel
Os sentimentos engasgados me fazem olhar pro céu
É difícil olhar pra lá quando você não está aqui
Mas tento até o último instante realizar o que prometi
Mas tô cansado, o meu corpo já não aguenta mais
Queria fazer bem mais
Sinto por não ser capaz
Aqui jaz, descanso dos problemas que tiram a paz
E me faz lembrar da canção que te fiz há um tempo atrás
Daqui vejo o cais
O fim é o início para se viver
Cerro os olhos, suspiro, pois já estou indo te ver
Falo pra lua me esperar
Digo que vou te levar
Mas se tu não podes ir
Te encontro num sonho, quando dormir