Direito de resposta ao PUETA
Ô pueta danado!
Como te esquecer,
Ô cabra arretado!
Teus sonetos,
Sempre perfeitos
Lindos de doer
Tornam-se até difíceis
De, às vezes, conceber...
Se te leio, leio sim!
É que, às vezes,
A palavra agarra
A letra se desgarra
Fica difícil pra mim...
O soneto me emociona
Bem mais do que devia
Incapaz de escrevê-lo
Subscrevo sem persona
Impossível descrevê-lo
Nada sai como queria...
Tua página, um achado,
Tua persona, um exagero
Tanta mágoa, tanto amor
Sentimento amordaçado
Em tuas letras, um ardor...
É que a saúde me fugiu
Leio pouco, escrevo pior
Sumi do mapa, entristecida
Leio pouco, comento menos
(Até ficar um pouco melhor)...
Quando sair do hospital
Novinha em folha, carente,
Leio tudo - como sempre
Com interesse, sem igual
Inspirada, sem rascunhar-
- como sempre escrevi
Mais animada, consciente
Dos que me fazem emocionar
Trazendo-me o prazer total
Da literatura que sempre li...