Direito de resposta ao PUETA

Ô pueta danado!

Como te esquecer,

Ô cabra arretado!

Teus sonetos,

Sempre perfeitos

Lindos de doer

Tornam-se até difíceis

De, às vezes, conceber...

Se te leio, leio sim!

É que, às vezes,

A palavra agarra

A letra se desgarra

Fica difícil pra mim...

O soneto me emociona

Bem mais do que devia

Incapaz de escrevê-lo

Subscrevo sem persona

Impossível descrevê-lo

Nada sai como queria...

Tua página, um achado,

Tua persona, um exagero

Tanta mágoa, tanto amor

Sentimento amordaçado

Em tuas letras, um ardor...

É que a saúde me fugiu

Leio pouco, escrevo pior

Sumi do mapa, entristecida

Leio pouco, comento menos

(Até ficar um pouco melhor)...

Quando sair do hospital

Novinha em folha, carente,

Leio tudo - como sempre

Com interesse, sem igual

Inspirada, sem rascunhar-

- como sempre escrevi

Mais animada, consciente

Dos que me fazem emocionar

Trazendo-me o prazer total

Da literatura que sempre li...

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 28/08/2014
Código do texto: T4940467
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