A minha poesia
Tão claro como a luz do dia
É saber que você
Não gosta de ler a minha poesia
Sei que te incomodo
Quando você franze as sobrancelhas
Mas eu não perco a mania
De sempre alugar a sua orelha
Sabe
O meu desejo
Era poder um dia musicá-las
Assim, quem sabe
Ao invés de ler
Eu te ouvisse a cantá-las
No fundo eu sei
Que elas fariam muito mais sentido
Quem sabe, assim
Alegrasse também
Seu delicado ouvido
Por que
Tão claro como é a luz do dia
É saber que você
Não gosta de ler a minha poesia
Mas o que é que eu posso fazer
Eu sei que me falta talento
Depois, o que custa você ler
Se não lhe serve de alimento