SEMPRE TUA ALGOZ ( Mais que de desculpas, um pedido de perdão)

De algum modo estou sempre te ferindo, sempre sem que eu o queira, sempre sem que eu o pretenda.

Toda vez que te firo sangro, sangro junto contigo, sangro, na minha alma, tão repleta como a tua alma de cicatrizes, algumas sempre reabrindo.

Meu Deus, por que este destino que me leva sempre a ferir o homem que amo? É verdade que este nosso estranho destino também te levou, sem que o pretendesses, a ferir-me, muitas vezes. Também sei que, cada vez que me feres, também sangras.

Por que, meu Deus, por quê?

Por que este amor que ascendeu e ascende a tantos céus é sempre, também, desde sempre, o signo de uma Culpa que me acompanha, Sombra de mim em mim que não me permite Clareza, que ofusca os Rumos, os Rumos todos da vida?

Por que, Senhor de Toda Misericórdia? Por quê?

Ajudai-nos, Senhor do Amor e da Justiça, para que possamos resgatar os caminhos da Paz. Ajudai-nos. Eu vos agradeço, do mais fundo da minha alma, do mais fundo da minha vida.

Zuleika dos Reis, no início da tarde de 05 de novembro de 2010.