Escravo de mim
"Nos elos desta corrente que me aperta o pulso está toda a força que me prende em todos os agregados dos meus desejos.
De todas as vontades destes meus medos, perco só de pensar aonde quero estar.
Vão as palavras aos açoites de uma vaidade alvejada pelo orgulho.
Entre noites, perco dias no sono profundo de todas as possibilidades feitas para mim.
Tantas foram às palavras (...) para que?
Chegar?
Onde está aquele (?) que sempre foi meu? Onde está aquele (?) que outrora foi teu?
Dos sonhos de vida, de visões apaixonadas em tantos sentimentos planejados.
De todas as primaveras deste meu tempo esta é a estiagem que castiga o meu peito.
Em prantos vão às letras que nunca dizem tudo de todos os feitores que crio em mim.
Olho ao redor e vejo amor, por isto escolhi estar aqui, mas também vejo dor.
Quando lembro devo esquecer-me do “eu” (?), mas, não era o mesmo que mandou lembrar “mim”?
Lembrar do que não vi, esquecer do que não sei, são todos os paradoxos de tantos paradigmas que foram regados por esta cultura de prazeres.
Através da história de todos os homens que fizeram o mesmo, vislumbrarei até chegar.
Contornaremos as curvas da ganância, inveja e mentira passaremos por todas as capitais de todos os nossos pecados em um mundo cheio de pessoas assim.
Digo! Porque sei que não sou o único, mas se quiser pode rir de mim.
Porem use o seu arbítrio direito para não te cobrarem o que se deve no fim “
Alexander Moers
São Luis - MA
07/08/08