ONZE ANOS

Em 29 de julho de 2008, portanto há onze anos fiz a minha primeira publicação no Recanto das Letras, com o conto O CASO DOS CANÁRIOS.

No meu entender, o conto é a fórmula mais adequada para quem quer contar uma historinha por ser texto compacto, direto e, principalmente, atemporal.

Os contos são capazes de encantar pessoas através de gerações e em qualquer parte do mundo, pois as grades e as amarras do tempo não são bastante fortes para detê-los.

Impossível determinar quantas pessoas já se encantaram com os contos dos Irmãos Grimm, Júlio Verne, Karl May, Dostoiévski e tantos outros que mesmo modificados pelas diversas traduções (traduttore, traditore) e por adaptações linguísticas para serem melhor assimilados pelos ávidos leitores, nunca perderam o poder de criar imagens, sugerir ambientes e, muitas vezes, despertar nas pessoas o desejo de também escrever.

Como qualquer pessoa que escreve por diletantismo eu também tive momentos com a “síndrome do papel em branco”, mas já tenho publicados 977 textos dos quais 402 são contos e, por gostar de novidades, também me aventurei em publicações nos estilos sugeridos pelo Recanto como: acrósticos; artigos; biografias, cartas, crônicas, diversos, entrevistas, haicais, homenagens, letra de música, mensagens, natal, pensamento, poesia, prosa poética, provérbios e textos eróticos.

Recebi incentivos dos colegas, esses sim escritores com letra maiúscula, e comentários de alguns dos quase 85.000 leitores tanto do Brasil como lá de fora.

Publiquei escritos de pessoas que não se sentiam confiantes em abrir uma página pessoal e em agradáveis parcerias com colegas.

Para minha honra e satisfação, o conto DANIEL DE LA TOUCHE foi citado numa Tese por doutoranda em História da Universidade Federal do Maranhão - S. Luis/MA.

Não fiz nem pretendo fazer publicação de livros em papel.

Única exceção é a participação na coletânea GANDAVOS, para a qual fui convidado por uma daquelas pessoas a quem é impossível negar-se algo dessa natureza.

Claro que vou continuar escrevendo porque eu penso que escrever é a única maneira de vivermos outras vidas além dessa que temos e de fazer viver nos personagens tudo aquilo que gostaríamos (ou não) de ter feito, de ousar e de romper os grilhões do nosso superego.