Maninho-Menino!
Desmente as distâncias
o carinho que nos guarda.
Desmente as diferenças de sexo
o amor que nos une.
Tempo e espaço é lacuna onde nos encontramos
aonde quer que estejamos.
Teus tantos anos de vida chegaram antes dos meus,
- Não te disse eu que isso se daria assim ?
O óbvio se confirma cronologicamente -
mas, para mim você não passa do Maninho-Menino,
do pescador na beira do rio,
cuja vara lançava e no anzol esperava o peixe do dia.
Um silêncio infinito te guardava;
assistia à tua empreitada Tupi deitado.
Silêncio absoluto na mata,
e tu, Maninho, nem mais ali estava...
Transportava-te para muito além dos olhos.
Tu, amigo querido de todos os dias brindados,
eras tão puro como ainda hoje o é,
como também o é o mais nobre dos meus amigos.
A saudade que tenho não é só de ti;
é que em parte de ti me vejo
e célere me remoto a mim mesma
com uma mocidade tão infantil,
tão pueril, que me comove o corpo
e me levo e lavo novamente às fontes
das nossas tantas àguas derramadas,
aonde os segredos existenciais
nos eram contados, silenciosamente, pela vida.
Lembras?!
Amigo, querido, quantas são as saudades,
que até sinto a do teu chapéu de palha,
dos teus pés brancos e finos repousados no Rio Azul,
aquele mesmo que dizem ser o Verde.
Quantas vezes pescamos ali?
Foram inúmeras as vezes,
e cada peixe fisgado
era novamente no rio deixado.
Tupi não entendia nada das nossas maluquices:
pescar depois deixar a pesca livre.
O bom mesmo era ficar à margem,
era enxergar além do rio e no fundo dele,
onde nossas águas eram límpidas e frescas,
onde a vida não nos torturava,
e nossa sede era por completo saciada.
Ah, meu querido amigo velho, é teu aniversário!
Peço então que ao comemorares te voltes
para mim e me abrace como se aí eu estivesse,
pois, por certo, soprarei mais uma vez, junto contigo,
a vela que acendemos há muito e apagamos a cada ano.
Te amo, querido Maninho, Feliz Aniversário!
Para o Chico!
Desmente as distâncias
o carinho que nos guarda.
Desmente as diferenças de sexo
o amor que nos une.
Tempo e espaço é lacuna onde nos encontramos
aonde quer que estejamos.
Teus tantos anos de vida chegaram antes dos meus,
- Não te disse eu que isso se daria assim ?
O óbvio se confirma cronologicamente -
mas, para mim você não passa do Maninho-Menino,
do pescador na beira do rio,
cuja vara lançava e no anzol esperava o peixe do dia.
Um silêncio infinito te guardava;
assistia à tua empreitada Tupi deitado.
Silêncio absoluto na mata,
e tu, Maninho, nem mais ali estava...
Transportava-te para muito além dos olhos.
Tu, amigo querido de todos os dias brindados,
eras tão puro como ainda hoje o é,
como também o é o mais nobre dos meus amigos.
A saudade que tenho não é só de ti;
é que em parte de ti me vejo
e célere me remoto a mim mesma
com uma mocidade tão infantil,
tão pueril, que me comove o corpo
e me levo e lavo novamente às fontes
das nossas tantas àguas derramadas,
aonde os segredos existenciais
nos eram contados, silenciosamente, pela vida.
Lembras?!
Amigo, querido, quantas são as saudades,
que até sinto a do teu chapéu de palha,
dos teus pés brancos e finos repousados no Rio Azul,
aquele mesmo que dizem ser o Verde.
Quantas vezes pescamos ali?
Foram inúmeras as vezes,
e cada peixe fisgado
era novamente no rio deixado.
Tupi não entendia nada das nossas maluquices:
pescar depois deixar a pesca livre.
O bom mesmo era ficar à margem,
era enxergar além do rio e no fundo dele,
onde nossas águas eram límpidas e frescas,
onde a vida não nos torturava,
e nossa sede era por completo saciada.
Ah, meu querido amigo velho, é teu aniversário!
Peço então que ao comemorares te voltes
para mim e me abrace como se aí eu estivesse,
pois, por certo, soprarei mais uma vez, junto contigo,
a vela que acendemos há muito e apagamos a cada ano.
Te amo, querido Maninho, Feliz Aniversário!
Para o Chico!