NELSON FACHINELLI - 70 ANOS

Nadir Silveira Dias

Daqui a exatos trinta dias – 9 de novembro - data por demais importante para mim, exatamente por corresponder à data de nascimento da minha mãe adotiva, Aidê Pires, que, infelizmente, não se encontra mais conosco. O meu doce carinho, a minha saudação!

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Felizmente o dia 9 de novembro também é data de comemorar a presença querida de um dos baluartes do Rio Grande do Sul em ativismo cultural e incentivador do movimento cultural alternativo.

Para essa especial ocasião não teria expressão melhor do que aquela que preparei para homenagem antes prestada ao poeta, depois titulada pela organizadora de:

NELSON FACHINELLI – O VANGUARDISTA DAS LETRAS

*Nadir Silveira Dias

Foi assim: alterou-se a pressão sangüínea e poética naquele ato e ele nunca mais foi o mesmo que fora antes. E bom mesmo é que continua sendo ele mesmo cada dia melhorado.

Naquele dia, tudo se passou de modo muito rápido.

A partir de uma antecedente série de peregrinações e gestões criava-se um ponto cardeal no Brasil meridional. Em atos seqüenciados, primeiro na Capital Gaúcha, depois no interior do Estado do Rio Grande do Sul e, por conseguinte, em todo o Brasil, em toda a América Latina.

Nascia a Casa do Poeta Riograndense, a Casa do Poeta Brasileiro e a Casa do Poeta Latino-americano. Dentre tantos outros, à sua frente estava um Poeta Servidor da Justiça Especializada do Trabalho, depois o cognominado Operário das Letras.

Gente humilde, gente simples, firme, elegante, e valorosa em atos e ações na vanguarda das Letras, quase ou integralmente sem nenhum apoio oficial. Nelson Fachinelli gosta do povo e de todo coração almeja que o povo pense, que o povo crie. Que o povo crie asas. Que se liberte do jugo da hipocrisia, da bazófia, da intimidação, da falta de quase tudo para bem agir, para bem viver.

Por isso, não é à-toa que sempre invoca o grande Castro Alves em suas manifestações: “Oh! Bendito o que semeia / Livros... livros à mão cheia... / E manda o povo pensar! / O livro caindo n’alma / É germe – que faz a palma, / É chuva – que faz o mar.” Hoje na 38ª Gestão (então ano de 2002), a Casa do Poeta Riograndense, recentemente instalada no Centro Cultural Usina do Gasômetro, espalha lume a partir da própria chaminé da velha usina energética, do novel e luzeiro centro cultural.

O ano (?), o ano era o de 1964 e já estamos no terceiro milênio, quantas sementes plantadas, quantos frutos espargidos!

Porém, os DESAFIOS continuam e ele continuará conosco. Por assim dizer, e bendizer, Nelson Nilo Fachinelli é a poesia expressa em atos e ações. Sua longa atividade em prol da poesia, sua amante maior, e da literatura, de um modo geral, lhe garante o reconhecimento duradouro de quem, assim como eu, fui acolhido na Casa do Poeta Riograndense ainda na condição de iniciante, com a publicação do primeiro livro de poesias. Nelson Fachinelli exercita com brilho o ativismo cultural, que é parte marcante de sua vida e se estende, reconhecidamente, por inúmeros estados da Federação e do exterior.

O texto é de autoria do signatário e foi reproduzido como constante na Coletânea Desafios, da Associação Artística e Literária “A Palavra do Século XXI”, organização de Rozelia Scheifler Rasia, Cruz Alta - Terra de Erico Verissimo -, RS, 2002, na página 20, cuja edição foi produzida em homenagem ao prestigiado poeta e escritor. O título da matéria foi criado pela organizadora.

Confira! Se puder, visite Porto Alegre, visite o Poeta. Ele vai gostar, você vai gostar!

Caso não possa vir, mande uma mensagem: nelsonfachinelli@yahoo.com.br

Escritor e Poeta - nadirsdias@yahoo.com.br

Nadir Silveira Dias
Enviado por Nadir Silveira Dias em 09/10/2005
Reeditado em 07/03/2006
Código do texto: T58067
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