Sobrevivendo da única forma que conheço (a 26 primaveras).
As pessoas tem se enchido de merda como se fosse brigadeiro, as colheradas, se empanturrando.
Eu não quero minha parte disso, nunca desejei isso. Às vezes como óleo de fígado de bacalhau mesmo que a contra gosto a gente toma, segura o vômito e toma.
Mas isso não precisa ser prazeroso isso, deixo para as meninas do two girls one cup.
Contra a corrente eu tento ir seguindo, mas não entenda “contra a correte” de forma reacionária, tentando a revolução nada disso. Só quero ir seguindo a margem de todo de tudo isso que eu julgo uma grande idiotice.
Posso estar plenamente errado e ser eu o maior idiota e o brigadeiro que eu penso comer ser sumo de vala, mas é isso, é um risco danado essa vida você acordar, comemorar mais um aniversário é uma conquista. Mas não é uma “conquista”, um campeonato. É tipo um bombeiro que salva uma vida, sabe você se salva mais um ano, recebe uns cumprimentos, mas festa, comemorar é demais.
Você só sobreviveu a mais um ano em um país onde a expectativa de vida tem crescido e as mortes por autos de resistência cresce seu dobro. Você só está na média dos seus vinte poucos anos.
Vou procurar me manter na rabeira disso tudo observando, bebendo, gravando e às vezes escrevendo quando for preciso dar vazão a toda essa porcaria ou a algumas latas de brigadeiro. E quem sabe pelo caminho vou entendendo o sentido disso tudo e tropeço em um pardal vermelho.