MADRIGAL: Uma Antologia Blo-ética
[Teoria pra lugar nenhum]
Uma fissura
Entre os grandes lábios(meus)...
Eu nunca sei o que dizer...
[Nela é tudo tão gigante]
As mãos nos lábios...
Os lábios nas mãos...
Deito o coração...
A loucura me veste...
Então dispo-me!
Viajo...
Me permito...
E ela tambem...
Uma fissura
Que rima com fenda...
Di-vaguem...
[Essa fenda bem poderia ser vulva?]
Poderia ser se houvesse uma mistura dupla.
Ou dupla mensagem
Porque não?
Dupla-Versificação-Composição-Métrica...
[Como queiram...]
A arte da poesia dela bem pode ser o que quiser...
[ou poderia ser do não ser, se assim ser se desejar ser...]
Poderia ser rima?
Ou não!
A poesia dela em si , é que se escolhe como quer ser pelo dedo dentro...
É manto...
É como uma pintura...
Ou a partitura de uma musica...
Como poderiamos laçar o vento entre os coquelicots?
Ela é sinfonia em nuances de letras...
[ah! Pra esse hoje se exijem os azuis...]
Ah! Os azuis de todos os tons!
Que se misturam a todas as cores...
63 lições...
Vertem gostos...
Aromas...
É além de...
É escrever além do comum
[Ela não é poesia rasa]
Mas é para todos os olhos que a escolhem...
[E ela veste cada menina que a olha, e lê, e é ilha...]
Ou no ilógico do lógico...
É alheia à razões...
É emoção...
[É aquilo que se quer ser, e que o olho que olha, deseja, e pode colher...]
A poesia de Tânia
É inteligência
É sabedoria
É racionalidade [pura emoção]
É solidez palpável...]
Embasada em roupagens da melhor estirpe...
De organização ou estrutura...
[só sua]
A sua fonte...
É cantil de água pura...
É mamancial...
É oásis...
Como poderia eu compor emoção pra dizê-la?
Eu tateio...
Como poderei eu dizê-la por trás de um bombardeio da minha biblioteca de sótão?
Ela é emoção – poesia – rima – sem fórmula
[E com todas elas]
Ela bebe em vertentes dos deuses...
De deuses de dentro dela
É fenda pendente...
Fendar a vulva?
Vulvar? [bem poderia ser um neologismo desta autora insana]
Talvez me dissessem louca!
Como ousar homenagear TÂNIA MENESES [a diva das letras]
com a minha insanidade?
Ser fenda da boca?
Fendar?
Mas fenda pode ser boca?
Cabeças toscas me dirão!
LOUCA!
Vulvar então?
hahaha
Nem pensar...
[me dirão, tu és uma poética louca!]
Po-ética louca sim!
Vulva...
Fenda...
Sê fissura dos grandes lábios...
Da BOCA!
Não vulva!
Fenda da boca?
Estragos na íingua?
Com TÃNIA me permito...
E ela me permite...
A gente se aprende...
Eu nunca me aprendo...
Então eu digo...
[Ela se sabe, e sabe]
Que digo do ser da boca, que não é ser da vulva
Com grandes lábios?
Sim...
Da BOCA
Risos...
[Me enlouqueça!]
Ah! Pra ela as coisas são largas
[Ela é letra grande...Não de, ou para estreitos trilhos]
É pro bico da pena [de quem é longo nos olhos]
Além de...
Além do tamanho da altura da criatura...
É toda emoção da razão!
É lógico ilógica!
Ela é TÃNIA MENESES
E TÃNIA MENESES é lição diária...
é isso.
[não isso... Muito isso, tudo isso]
Não se podam,
nem se estreitam estrelas nos olhos de quem assim vê...
Para dizer à TÃNIA é preciso ser criação ÚNICA.
Nada copiado de estantes de teorias...
É preciso ser assim.
[Ainda que digam, e dizem, e dirão,
Tu és chula!
Chula eu?
Por dizer a esta professora das 63 lições de um jeito
livre e único?
será que alguém mais aprendeu?
Eu não...
Só sei ser assim...
Coração e veste ÚNICA, PARA OS ÚNICOS
E ela é.
Olhos que estão além de qualquer teoria de bocas nos olhos...
Estrelas a gente ouve, não colhe...
PRA MIM ELA é ASSIM...
E se ouso colher, colho
com a boca nos olhos,
todo dia um instantezinho eterno...
E ela tão GENEROSA, sempre me permite mais...
ESTRELAS COMO ELA...
[são imorríveis]
PARABÉNS TÂNIA MENESES!
Embora o tempo esteja me espremendo mais e mais...
Ousei me dizer numa brecha...
Uma das minhas loucuras...
[Advirto que estou insone e sã...]
Alheia...
Desci apenas pra te dizer...
Muitos,
Muitos outros anos mais todos assim,
cheios de poesia...
FELIZ ANIVERSÁRIO minha sempre eterna DIVA DAS LETRAS.
63 ABENÇOADAS LIÇÕES e uma eternidade de brilhos pra colher...
te amo!
E você me permite, e eu te digo sempre, sem MORDAÇAS.
Lu
Porque madrigal pra ela?
Madrigal é secular, aborda assuntos heróicos, pastoris, e até libertinos.
Não quero dizer com isso que TÃNIA MENESES seja libertina, mas ela
É flexível e mutante em suas letras...
Ela passeia com maestria pela raiz da raiz do antes...
Pela modernidade do que ainda é do que está para concebê-lo...
TÃNIA é amante e esposa das letras... É fiél, libertina e santa
Ela pode...
[Como nenhuma outra]
É sem véus!.
É límpida!
TÂNIA é a clareza da poeta madura,
a mais clara e lúcida das letras que eu já pude ler
Eu sempre colho TÃNIA, e ela floresce num novo, e em cada dizer...
TÃNIA é respeito e conservadorismo...
[Não de ostracismo e ranzinzísse...]
É respeito e entendimento...
[De, e com conhecimento do conhecimento].
Ela pode!
É bagagem de letras...
TÃNIA é bagagem, mas não é bugiganga de vandalismo ou hipocrisia.
TÃNIA é a cabeça poética mais completa que eu já pude beber.
Ela é aquele ponto do ponto que só a maturidade da humildade da carne e da alma dá.
Por isso amo tanto esta mulher das letras.
[Não por vaidade de dizer, mas pelo amor puro de dizer, desse ser...]
ELA É FONTE...
[Para minhas muitas loucas BOCAS dizer...]