Cordel de Aniversário Para Flavinha

CORDEL PARA FLAVINHA
Jorge Linhaça


Conheci dona Flavinha
Já lá se vão alguns anos
Elegante e magrinha
A amizade engatamos

Por gostar de passarinhos
Livres, soltos no quintal
Criei por ela um carinho
Assim muito especial

Flavinha só faz o bem
A quem dela precisar
E sabe como ninguém
Conjugar o verbo amar

Distribui o pão aos pobres
Com muita dedicação
E nesse gesto tão nobre
Diminui a aflição

Sua lista de amigos
É maior que um cordel
Por isso a ela bendigo
Um anjo vindo do céu

No caminho de areia
É que mora a Flavinha
Sempre bela e faceira
Tornou-se minha maínha

Neste seu aniversário
E muitos qu'inda virão
Ela é o relicário
De minh'admiração

Quantos anos tem Flavinha?
Não sei nem quero saber
Mas sei que nossa maínha
Muito ainda há de fazer

São tantos filhos e filhas
Que não dá para contar
No seu peito de rainha
Sempre sobra algum lugar

No seu colar de amigos
Junta os ricos com os pobres
Não importa se é mendigo
Ou se possui sangue nobre

Todos são filhos de Deus
Pr'ela não há distinção
Por isso pra e pros seus
Ela é inspiração

Mas veja bem ó Maínha
Não vai surtar de emoção
Ao ler estas tortas linhas
Do poeta Galegão.



Arandú, 17 de junho de 2011