milagres do amor!
Ainda tão pequenina
feito uma formiguinha
andavas tão inquieta
nas mãos, nenhuma boneca,
carregavas sonhos de amor!
No coração,
uma força sobrenatural
a impelia às ruas,
mutiladas pela força do mal
Entre estampidos de canhão
Cheiro de sangue e vingança
Com água e pedaços de pão
Alimentavas as pobres crianças ...
Obedecendo ao chamado do Pai,
navegaste as ondas revoltas dos mares
sem olhares para trás,
teus sonhos ansiavam mais...
O alvo eram lugares distantes
Sem rei, sem nenhuma rainha
Onde com o fermento do amor
Tu ali alimentarias,
A criança desnutrida
Sem pai e sem mãe na vida
Sem sonho para brincar...
Este sonho de criança
“Geraldo”
No útero da esperança
Foi um chamado do Pai
E tu, filha fiel, obediente
Não temeste, foste em frente
Em tua nobre e santa missão...
Enfrentaste as tempestades
desafiaste as potestades
com as armas do coração...
Teu sonho era grandioso
destemido e audacioso
correu os cinco continentes
com a leveza da borboleta
e a força de um leão...
Nada te deteria
em teu campo de batalha
Deus é fiel, nunca falha!
Teu general era Cristo
Teu comandante, Maria
Teus soldados,
São José,
Claret,
Terezinha
e tuas preciosas irmãzinhas.
Tua estratégia, a alegria , a bondade,
que te abriram os caminhos da paz!
Semeaste a caridade
Por centenas de cidades
Por onde passaste Leônia!
Em terras áridas, ressequidas
Ali fizeste brotar a vida
Ali ergueste um império de amor!
Mas , pessoas assim especiais,
Tão santas, tão generosas,
Tão belas e perfumadas
como místicas rosas
são por Deus tão cobiçadas...
Aqui deixaste saudades,
deixaste exemplo de humildade,
o amor à Santa Eucaristia,
graças e milagres ao povo de Deus...
O maior legado teu
foi cultivado em terreno fértil
e não morrerá jamais:
a verdadeira santidade!
Benvinda Palma
"Madre Leônia, (Maria Milito), nasceu em Sapri, província de Salermo, Itália, no dia 23 de junho de 1913. Seus pais, possuídos de fé cristã profunda, legaram aos filhos a solidez da formação humana e espiritual.
Com 16 anos, Leônia ingressou no movimento religioso Ação Católica. A liderança que exercia entre amigos e amigas, entusiasmava outros jovens e participar das atividades paroquiais. Do tempo livre de que Madre Leônia dispunha, aproveitava para das catequese, estudar a Palavra de Deus, orar diante do Santíssimo Sacramento e visitar as famílias que precisavam de uma palavra de fé.
A jovem Leônia sentia que o mundo precisava de conversão, de aceitar o projeto misericordioso do Pai e, para concretizá-la, era preciso ajudar os irmãos a experimentar o amor de Deus em suas vidas, tanto por meio da conversão pessoal quanto pela libertação de toda opressão e miséria, de toda pobreza que escraviza a humanidade.
Este nobre e grande ideal foi amadurecendo sempre mais, até que em 18 de junho de 1935, Madre Leônia ingressou no Instituto das Irmãs Pobres Filhas de Santo Antônio, Itália.
Em março de 1938. O Instituto das Pobres Filhas de Santo Antônio transferiu a casa de novinciado para Salita Miradois, Nápoles. Como formadora, Madre Leônia foi destinada para essa residência, onde exerceu por quase oito anos os trabalhos com as formandas e dedicou-se às obras sociais e caritativas da Congregação, principalmente nos anos difíceis da Segunda Guerra Mundial.
Em meio aos constantes bombardeios que atingira, Nápoles, Madre Leônia para socorrer as crianças pobres e órfãs de guerra, os velhos desamparados, as Irmãs de Clausura e as necessidades do Instituto, pediu esmolas, enfrentou as filas de abastecimento e procurou ajuda dos organismos públicos, arriscando a própria vida, para aliviar os sofrimentos dos irmãos.
Para melhor servir na formação das futuras religiosas, fez o secundário (magistério) e continuou seus estudos de música, colocando ses dons a serviço do povo de Deus nas celebrações litúrgicas e da Congregação. Iniciou, também, a direção espiritual com o padre Michelângelo Plastino que a orientou até o fim de sua existência terrena.
No dia 15 de maio de 1943, Madre Leônia emitiu seus votos perpétuos, confirmando a sua vontade de ser toda e para sempre de Nosso Senhor. Essa decisão generosa e consciente, selada com amor e fidelidade, foi mantida em todos os momentos de sua existência, mesmo naqueles mais obscuros e contraditórios. Ela sempre soube viver a fé, a esperança e o amor N´Aquele em quem depositou a sua confiança.
Na década de 1950, as religiosas orientadas e acompanhadas por Madre Leônia Milito, deixam a Itália rumo a um país distante, o Brasil. Fazem do sonho missionário uma realidade. Com o coração repleto de amor a Deus e ao irmãos, dedicam-se às diversas pastorais, trabalham nos asilos, orfanatos, creches, escolas e hospitais.
Com sua inteira correspondência à graça divina e atraindo tantas outras jovens para o ideal missionário, deu início, juntamente com Dom Geraldo Fernandes, no dia 19 de março de 1958, na cidade de Londrina, Paraná, a uma nova família religiosa, denominada Missionárias de Santo Antônio Maria Claret, que tem como finalidade primordial o Anúncio da Palavra e o Serviço da Caridade.
Madre Leônia Milito não foi apenas a fundadora desta ordem religiosa; durante 22 anos, exerceu a missão de superiora geral e mãe espiritual das irmãs. Toda a sua vida e trabalho estiveram voltados para os necessitados. Com todos partilhou alegrias e angústias, sofrimento e esperanças.
Sua ação não conheceu fronteiras. Ensinou às suas irmãs religiosas que o coração de uma missionária dever estar lá onde se encontra um irmão sofrendo. Para que isso se concretizasse instalou comunidades de irmãs em vários estados do Brasil, bem como nos cinco continentes.
Aos 67 anos, em pleno vigor da ação apostólica, Madre Leônia partiu para a casa do Pai: faleceu vítima de uma acidente automobilístico.
Sua vida continua, multiplicada em cada uma das irmãs, que desejam continuar com fidelidade a obra por ela iniciada."
Extraído so site ...
www.madreleoniamilito.com.br/ -
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