Cadê Theresa? Lá lá lá lá lá lá lá... (Russo)
Está na alegria, na vida vadia, naquela que tudo sabe
Está num gosto de fruta, lambido com beijo
Goiabada, faca e queijo e no azedo que arde
Está no sol no fim do dia, na promessa
Que amanhece a cada dia e na coragem
E doa a cada um exatamente o que lhe cabe
Está na plena agonia, no desato da sangria
No frio fio da adaga que afia e brilha escondida
Num tanto seu de ironia que guarda a sete chaves
Numa Caixa de Pandora (aberta?) e sem alarde
No enigma indecifrável, que covardia...
Que todos vêem, mas apenas ela sabe
Está no calo da mão, no suor, no ganha-pão
No estouro da boiada, lá no fundão, no barulhão
Se ficar muito à vontade... Cuidado, que ela te invade!
Está na aba de um livro e lá no ponto final
Quem ela é afinal? Qual será sua identidade?
Está num conto qualquer, num ponto dessa viagem
Escala um pé de morro com a destreza de uma cabra
Ela nunca se acovarda e na beirada de um abismo
Abre os braços, limpa a goela, solta um grito e cria asas
Tatuada em espiral, apenas pela beleza
Mal sabe que é vendaval no infinito de si mesma
É algo de sideral, folha de mato e pó de estrela
Está na duplicidade, na força e na gentileza
E a quem quiser conhecê-la há que ter velocidade
Estenda sua mão direita, pegue a cauda desse cometa
Theresa é só Theresa. Theresa é Felicidade!!!
The,
Feliz Aniversário!