“São Paulo, comoção de minha vida!...”
“São Paulo é um palco de bailados russos. Sarabandam a tísica, a ambição, as invejas, os crimes e também as apoteoses de ilusão...”
Mário de Andrade, ícone da literatura brasileira, nasceu, cresceu e viveu toda sua vida na cidade de São Paulo, a capital. Ele tinha verdadeira adoração pela ‘locomotiva do Brasil’. A sua história ajudou a construir a história da cidade e, ainda, a literatura nacional, empenhada, como sistema, num processo de ruptura passadista para um movimento modernista. Seus versos cantaram São Paulo com altivez e sabedoria, relatando momentos históricos, sociais e políticos e, ainda, a variedade sentimental encontrada na diversidade étnica e cultural da metrópole. Em Paulicéia Desvairada, o autor revela sua identidade, do anonimato para o mundo, num gesto enunciador do desvairismo alucinante; em Lira Paulistana, o escritor mantém a fidelidade modernista e todos vêem, notavelmente, sua maturidade poética. O sábio, itinerante, caminha a passos largos pelo mundo afora, sem nem mesmo ter saído do Brasil. O intelectual corrobora de corpo e alma com a formação da literatura brasileira em suas poesias, ensaios, contos, romances, músicas. E, São Paulo, de Mário, marcha velozmente, numa transição intensa. São povos distintos, são brasis agrupados num mesmo espaço que denota o que é ser brasileiro. Era isso que o autor fazia, era isso que o escritor produzia em seus versos, cantava a alma do povo de São Paulo, do povo do Brasil.
“Oh! Este orgulho máximo de ser paulistanamente!!!”
Parabéns São Paulo... de Mário, de Adoniran, de Raimundo, de Maria, de Harumi, de Joaquim, de Salvatori, de Pablo, de Tália... do Brasil...