O PARTENON LITERÁRIO 2006 - 138 ANOS

PARTENON LITERÁRIO - SÉCULO XXI

* Nadir Silveira Dias

A Sociedade Parthenon Litterario foi criada em 1868 e extinta por volta de 1925, mediante a doação de terreno que tinha obtido para a construção de sua sede, pois de fato já deixara de existir desde 1885 quando paralisou os trabalhos associativos.

E depois de 112 anos, reiniciou as suas atividades em 1997 a partir de um grupo de intelectuais interessados em prosseguir com os postulados daqueles próceres de 1868, Apolinário José Gomes Porto Alegre (O Vaqueano, 1872), os irmãos Apeles e Aquiles, Antonio Vale Caldre Fião (A Divina Pastora, 1847, e o Corsário, 1851), João Damasceno Vieira Fernandes, Arthur de Carvalho Candal, Múcio Scevola Lopes Teixeira, Bernardo Taveira Júnior, dentre inúmeros outros que, à época, eram a favor da república, contra a escravidão, em prol da causa da mulher (Luciana de Abreu foi a primeira mulher a subir na tribuna para falar em público), além da política, da oratória, da educação, do teatro, da prosa, da poesia, da literatura, enfim. Juridicamente, no entanto, apesar de dizer-se que a Sociedade reiniciou as suas atividades em 1997, o que houve, na verdade, foi a re-fundação da extinta entidade, ora dita em sua fase Século XXI.

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No ano de 2003 deu-se a comemoração dos 135 anos com uma Exposição Lítero-histórico-fotográfica na Câmara Municipal de Porto Alegre. Além de exemplares raros, a exposição contou com fac-símiles das capas dos autores contemporâneos integrantes da Sociedade Partenon Literário.

Em 2004 a exposição foi apresentada na Sala de Exposições “O Retrato”, no 4º andar do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, no mesmo andar em que localizado o Auditório Barbosa Lessa (Piratini, RS, 13.12.1929 – Camaquã, RS, 11.03.2002).

Sintetizando, a Exposição estará sendo apresentada nos seguintes termos:

“A Sociedade Partenon Literário agremiou prosadores, poetas e homens de teatro. Bateu-se pela abolição. Procurou libertar a mulher de preconceitos. Levantou o primeiro registro das tradições e lendas locais. Dedicou especial atenção ao teatro e atividades culturais. Criou a imprensa literária e futuras editoras”. Guilhermino César

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Atualmente reúne escritores, poetas, atores e músicos, difundindo as mais variadas formas de cultura.

Fundada por Caldre e Fião, pelos irmãos Apolinário, Apeles e Acchylles Porto Alegre, o Partenon Literário precedeu 30 anos a Academia Brasileira de Letras e publica diversas obras literárias, bem como a tradicional Revista Literária, ora em formato de livro, a Coletânea de Poesia e Prosa.

E muito ainda há o que fazer. Oxalá que nos próximos anos possamos bem marchar no desenvolvimento dessa nossa atividade com condições mais dignas e perenes, como é a própria lida-sina do ato de escrever, do ato de fazer literatura!

O ano de 2005 foi de intensa atividade conforme bem o demonstra o Relatório de Atividades e Realizações da Gestão 2004-2006:

1. Construção de página na internete: www.partenonliterario.fhp.com.br

2. Exposição Lítero-Histórico-Fotográfica no Saguão do Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal de Porto Alegre, alusiva aos 137 Anos da nossa entidade;

3. Declaração de Utilidade Pública – Lei N° 9.808, de 26 de julho de 2005. Declara de utilidade pública a Sociedade Partenon Literário;

4. Palestras Acampamento Farroupilha 2005 - Parque Maurício Sirotsky Sobrinho – no Galpão do CTG Guardiões do Rio Grande – R. Darci Fagundes – lote 90, nos dias 9, 12, 15 e 16 de setembro;

5. Integração do Partenon Literário no Desfile Temático da Semana Farroupilha, na Invernada da Literatura, do Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG;

6. Reativação da TRIBUNA LIVRE, aspiração para tribunos experientes e novatos, em solenidade ocorrida no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, em 28 de setembro;

7. Resgate do Estandarte do Partenon Literário e Pesquisa do Hino do Partenon;

8. Troféu do MTG: Melhor Participação a Cavalo (exatamente pela Condução do estandarte por Cavalariano do CTG Cavaleiros da Amizade);

9. Publicação de dois livros; Coletânea Verissimo Centenário e o Volume III da Coleção Autores Reunidos – Miradouros; e mais de 60 horas em;

10. Comparecimento a Eventos; cerca de 20 efemérides;

11. Implementação do Núcleo Balneário Pinhal – Iniciativa do associado Roberto André Mazzocco, nomeado Diretor de Núcleo;

12. Reuniões de Diretoria, Culturais e Estatutárias – 20 encontros; e

13. Outras Atividades: Foram realizadas ainda não menos que quatro dezenas de atividades culturais ou similares não anotadas com a regularidade formal necessária para compor os requisitos estatísticos. Tais atividades compreendem palestras em escolas, por integrantes da diretoria ou associados que verbalmente solicitaram autorização ou fizeram a comunicação do evento, comparecimentos à Secretaria Municipal de Cultura, ao Arquivo Histórico Porto Alegre Moysés Vellinho, ao Gabinete do Vice-Governador, ao Departamento de Patrimônio do Estado, inúmeras idas mensais à Câmara Municipal de Porto Alegre, ao Memorial de Porto Alegre, e à algumas Sessões de Homenagens prestadas pela Câmara Municipal de Porto Alegre, isso de além de não menos de quinhentas horas de pesquisa e trabalho digital na Internet, para criar e manter o nosso saite atualizado. E ainda mais o que não foi lembrado!

Em 2006, apesar da persistência dos percalços pela falta de uma sede própria, foi comemorada A EFÉMERIDE 18 DE JUNHO DE 2006 – este ano com duas vertentes – OS 138 ANOS DE FUNDAÇÃO e o DIA DA LITERATURA SUL-RIO-GRANDENSE, instituído pela entidade em 2005 e com lei já aprovada pela Câmara Municipal, estendendo-a ao Município de Porto Alegre, mediante a nossa integração nas comemorações do CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE MARIO QUINTANA (30.07.1906, Alegrete – 05.05.1994, Porto Alegre).

Na ocasião – 18 de junho de 2006 - foram lançados os livros “TODOS OS VENTOS”, de João de Deus Canha, “VIVENDO DE AMOR”, de Francisca de Carvalho Messa, e “OLHAR, RIMAR E AMAR”, de Nair Stivanin, transcorridos em prestigiado SARAU LITERÁRIO DA EFEMÉRIDE 18 DE JUNHO DE 2006, no Café Concerto Mario Quintana da Casa de Cultura Mario Quintana, com a participação do violão e voz de Marcel Moreau, integrante da programação do Café Concerto.

Como bem se pode ver, a entidade que tem 138 anos já está presenciando e fazendo história em três séculos: XIX (1868-1900), XX (1997-2000) e XXI (2001...).

* Escritor e Jurista – nadirsdias@yahoo.com.br

Nadir Silveira Dias
Enviado por Nadir Silveira Dias em 24/06/2006
Reeditado em 14/08/2006
Código do texto: T181687
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