CELINA FIGUEIREDO
Quando a tratei por Senhora ela me eximiu da deferência. Foi um hábito respeitoso que os mais novos aprendem com os mais velhos. Mas também foi um respeito a quem considero uma Senhora. Uma Senhora da poesia, uma Senhora do vigor, uma Senhora da alegria de viver. Uma Dama gentil que cativa mesmo à distância. Imaginem a vontade que dá de abraçá-la fortemente, olhar em seus olhos tão sinceros e luzidios, desses que mostram-nos poesia “logo de cara”.
Celinha Figueiredo, eu não sou de invejas, apenas tenho sonhos. Muitos. Um deles é realizado quando posso ter a satisfação desse convívio tão repleto de prazeres que estão fora da vida real, dura, materialista, competidora a que estamos sendo submetidos. Esse doce e terno prazer de ler um poema seu, ser embalado pelas cativantes trovas, poetrix, hai cais, versos encantados com que nos brinda todos os dias, sua Entéia! Outro sonho (ainda não realizado) é dar mesmo esse abraço que está aqui já aquecido, pronto, para um dia desses (estamos tão perto), quem sabe! Feito um desejo de menino, de tão sincero!
Desejo-lhe hoje, como para todos os seus dias muita, muita paz, muitíssima saúde, muita conspiração dos elfos imaginários que te fazem grande poeta e nos fazem admiradores.
Parabéns!