A informalidade do amor
Você se prepara à vida inteira para o amor, se produz , faz planos para sua chegada,
quando você menos o espera, ele aparece.
Quando você acha que o conhece, você o descobre, você se redescobre no amor.
O amor é como a andarilho que bate a sua porta numa tarde qualquer, é como a tempestade que destelha a casa, a casa das certezas, da razão, tudo é arrancado pelas mãos vorazes do amor.
O amor e confessionário, santo sudário, altar sagrado no coração, inimigo da perfeição, o amor é imperfeito.... Você descobre e o completa em si, o contempla no outro
Amar é contemplação, é entrega verdadeira, beijos não são contratos, braços não são algemas, nem nós, mas laços... amar é voar livre na imensidão de possibilidades, é ser generoso com o Mundo, é querer retribuir ao Universo a graça do Amor, de amar...
Amar é sair de si sem perder o referencial, é voltar para casa no fim da tarde, é ter possibilidade de estar em cem braços, e querer somente um, o do ser amado...
Amar é viver entre os abismos do prazer e do amor, quando se ama tanto que o peito até faz doer à alma, então somente os beijos e abraços são capazes de devolver a calma....