Romeu e Julieta: o amor que desafia o infinito
Se o amor tivesse um nome, chamar-se-ia Romeu ao entardecer e Julieta ao amanhecer. Ele seria o sol queimando as trevas da solidão e a lua sussurrando poesias à madrugada. O amor deles não cabia em Verona, não cabia no tempo, não cabia sequer no peito. Era um incêndio que desafiava a própria eternidade.
Quando Romeu olhava para Julieta, os astros pareciam suspirar. Seu olhar tinha a força de mil tempestades, mas também a delicadeza de um sussurro ao pé do ouvido. E quando seus lábios se tocaram, até as rosas sentiram inveja. Era um beijo capaz de parar os ponteiros do tempo, de fazer os anjos suspenderem suas canções para escutar o ritmo acelerado de dois corações apaixonados.
Mas o destino, invejoso, lançou sombras sobre essa luz. Eles eram como duas estrelas condenadas a brilhar em galáxias distantes, fadadas a se amarem sem jamais pertencerem ao mesmo céu. O veneno que selou seus destinos não matou o amor—pelo contrário, tornou-o imortal. Pois Romeu e Julieta não morreram: transformaram-se em lenda, em suspiros noturnos, em juras sussurradas ao vento.
E assim, sempre que dois corações se amarem contra todas as regras, sempre que um beijo for um desafio ao impossível, Romeu e Julieta renascerão. Porque o verdadeiro amor não se apaga—ele arde para sempre, como uma estrela que jamais se cansa de brilhar.