Nos corredores da vida, um altar chamado família
Os livros repousam sobre a mesa, marcados pelas anotações de quem, por tanto tempo, mergulhou nos mistérios do saber. Mas agora, é tempo de fechar as páginas por um instante e voltar-me para outro templo – aquele que não se ergue sobre papel e tinta, mas sobre amor e presença.
A vida, como um jardim, exige que saibamos quando semear e quando regar. Hoje, a chuva do tempo cai sobre o terreno mais sagrado da minha existência: minha família. E como um jardineiro que reconhece a estação certa, deixo os estudos em pausa para cuidar das flores que Deus me confiou.
Os livros podem esperar, mas os abraços não. Os conceitos podem ser revisitados, mas os momentos preciosos são únicos. Decidi, então, fazer do meu lar um santuário, onde cada gesto de cuidado se torna uma prece e cada sorriso, um sacramento de amor.
A jornada do conhecimento é bela, mas nenhuma ciência me ensinará mais sobre a essência da vida do que o calor de um abraço sincero, a melodia da risada dos meus, a paz de um lar onde o amor é o mais alto grau de aprendizado.
Por ora, ergo meu altar no coração do meu lar. Mais tarde, voltarei aos estudos, enriquecido pela sabedoria que só se aprende na escola do amor.