O amor que se faz aliança
O verdadeiro amor não se contenta com a inconstância dos ventos nem com a leveza das marés. Ele deseja raízes, não apenas asas; alicerces, não só impulsos. O verdadeiro amor você não carrega no bolso como um amuleto de ocasião, nem prende com laços frouxos de conveniência. O verdadeiro amor você leva ao altar.
No altar, esse amor se transforma em aliança, não apenas de metal que brilha, mas de promessa que arde. Não é um contrato frio assinado diante de testemunhas, mas um sacramento selado diante de Deus. Ali, duas almas deixam de ser metades errantes e tornam-se um todo indissolúvel.
O matrimônio não é um refúgio para os frágeis, mas um campo de batalha para os fortes. É onde se aprende a amar não apenas nas primaveras, mas também nos invernos da vida. Amar quando a voz embarga, quando a paciência é provada, quando a cruz pesa. Porque amor conjugal não é chama passageira; é brasa que se alimenta da entrega, da renúncia e do compromisso.
No altar, um "sim" ecoa pela eternidade. Não é um eco vazio, mas uma voz que ressoa em cada dia vivido lado a lado. Porque o verdadeiro amor não apenas se promete, ele se cumpre.