Amores Silenciosos
Há amores que florescem na alma, mas jamais tocam o solo da realidade. São como estrelas que brilham no firmamento do coração, mas nunca descem ao horizonte da vida.
São afetos que não se escrevem em gestos, nem se pronunciam em palavras. Vivem entre suspiros e olhares furtivos, no refúgio de um peito que pulsa sem testemunhas.
Esses amores são a poesia dos que amam em silêncio, a chama dos que ardem sem queimar, a sinfonia dos que escutam, mas não podem dançar ao som do próprio sentir.
São eternos não porque duram, mas porque nunca se desfazem. E, ainda que a vida os negue, o coração os guarda como relíquias sagradas — lembranças de um amor que não se viveu, mas que, por existir, já foi imenso.