Se eu me apaixonei? Sim, me apaixonei, mas a paixão passou

A paixão é um dos sentimentos mais intensos e efêmeros que podemos experimentar. É como um fogo que arde de maneira intensa, iluminando nossos dias e aquecendo nossos corações. Quando estamos apaixonados, tudo parece mais vibrante, mais cheio de possibilidades. A vida ganha uma nova cor, e cada momento é vívido em uma intensidade quase mágica. Porém, o que acontece quando essa chama inicial se dissipa e a paixão dá lugar a uma rotina, a um cotidiano por vezes monótono?

Quando olho para trás e registro os momentos em que me deixei levar por essa força avassaladora, percebi que a paixão, embora intensa, é como uma onda que ocasionalmente recua. No início, tudo parece perfeito; os sorrisos são frequentes, os olhares se cruzam como se o universo conspirasse a favor daquele amor. A sensação de estar apaixonado é contagiante; amigos e familiares percebem nosso brilho e nossas risadas se tornam mais sonoras.

Mas a paixão, por ser um estado emocional, não é permanente. Com o passar do tempo, ela tende a se acomodar, a dar espaço a outras formas de amor. O que era eufórico e incansável se transforma, às vezes, em uma parceria acolhedora e segura. O comportamento inicial é suave, e a rotina começa a se instalar. Os jantares românticos tornam-se noites de descanso, os longos telefonemas são substituídos por mensagens rápidas, e a tensão da espera pela próximo encontro se transforma na tranquilidade de compartilhar a vida ao lado de alguém.

Esse processo de transição pode gerar uma sensação de perda. Questionamo-nos: “O que aconteceu com aquela paixão avassaladora?” Essa mudança, muitas vezes, é mal interpretada como uma diminuição do sentimento. No entanto, é importante compreender que a paixão e o amor são manifestações diferentes, embora possam coexistir. O amor maduro baseia-se no companheirismo, respeito, intimidade e apoio mútuo, enquanto a paixão é frequentemente impulsionada pela novidade e pela atração física, tesão.

A reflexão sobre a paixão que passou não precisa ser uma fonte de tristeza. Ela pode ser uma oportunidade para valorizar as transformações que ocorreram no relacionamento. É natural que algumas relações não consigam sobreviver à passagem do tempo, mas também é verdade que muitos encontram uma nova forma de amor. Quando a paixão se dissipa, ela pode dar lugar a um sentimento mais profundo, que pode ser igualmente gratificante.

Assim, ao olhar para a minha história, ao afirmar que “sim, me apaixonei, mas a paixão passou”, reconheço a beleza das transições. Isso não significa que o amor acabou; ao contrário, há potencial para algo ainda mais bonito e duradouro. Reinventar o relacionamento, cultivar a amizade, e encontrar novas formas de se conectar com o outro pode fazer toda a diferença.

Em suma, a paixão pode passar, mas o amor verdadeiro é resiliente. Ele se adapta, se transforma e continua a florescer, mesmo que em uma nova forma. O importante é reconhecê-lo, apreciá-lo e, assim, seguir em frente, sempre aberto a novas experiências e sentimentos. Afinal, o amor, em suas diversas manifestações, é sempre um motivo para celebrar.

Stoff Vieira
Enviado por Stoff Vieira em 17/11/2024
Reeditado em 17/11/2024
Código do texto: T8198527
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