EU SOU ÁRVORE
Do outono nada restou
Apenas lembrança de um desfolhar ao vento A árvore em sua nudez punida no rigor do inverno
No desamparo do tempo
Noites frias e vazias
Agora primaveril
Renovada a vida na estação
E no chão se abrem botões a florescer
No esverdeado gramado
Orvalho do amanhecer
Desenho das sombras
Dos arvoredo com novos ninhos
De cantos e encantos
Se ninguém lembrar do "outono"
A árvore não esquecerá
A quantos já superou por amar
No aguardar da primavera
Os perfumes que exala
Os segredos bem quardados
E a Árvore dança suave
Na brisa do entardecer...