EU SOU ÁRVORE

Do outono nada restou

Apenas lembrança de um desfolhar ao vento A árvore em sua nudez punida no rigor do inverno

No desamparo do tempo

Noites frias e vazias

Agora primaveril

Renovada a vida na estação

E no chão se abrem botões a florescer

No esverdeado gramado

Orvalho do amanhecer

Desenho das sombras

Dos arvoredo com novos ninhos

De cantos e encantos

Se ninguém lembrar do "outono"

A árvore não esquecerá

A quantos já superou por amar

No aguardar da primavera

Os perfumes que exala

Os segredos bem quardados

E a Árvore dança suave

Na brisa do entardecer...

Patrícia Barros
Enviado por Patrícia Barros em 07/11/2024
Reeditado em 07/11/2024
Código do texto: T8191661
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